29 de março de 2007

dia-a-dia

O céu azul. Limpo, vazio, tranquilo. O sol brilhante, ofuscante. Mais uma manhã em que saio, disparada, rumo a todo o lado e a lado nenhum. Mais um dia banal.

Um passo atrás do outro, os óculos de sol bem assentes no nariz para que a luminosidade das oito e meia da manhã não me dê cabo do resto do dia (estas malditas lentes!). A carteira ao ombro, a pasta bem firme na mão direita. O passo apertado, o olhar decidido em frente. A Rua 5 de Outubro, a Rotunda da Boavista. A Rua da Boavista e a Rua Aníbal Cunha. A Faculdade... O Mundo.

Daquelas portas para dentro, um mundo. As pessoas, os sorrisos. Os cumprimentos, os "bom dia!" 's tantas vezes repetidos. Saio. A Travessa da Carvalhosa, a porta número 6. O segundo andar, a porta da AE. Outro Mundo. Algumas das pessoas mais especiais, importantes. Incrivelmente reunidas naquele único espaço, embora raramente ao mesmo tempo.

Outras dessas pessoas especiais esperam-me para o início de uma qualquer aula - não importa. O que importa é estar.

O almoço na cantina - ou não. A gelatina amarela, o sumo (nem sempre no melhor nível!), a funcionária simpática. As conversas e as piadas. Mais uns sorrisos e umas gargalhadas. O cappuccino, quase sagrado.

Mais aulas e o lanche. O bolinho da cantina (não pode ser sempre!) ou o pãozinho do Magnus. A conversa deliciosa do costume. A companhia para casa.


Num repente já é sexta-feira. A pressa, a mala, o comboio. Aquela sagrada horinha que me separa de casa e me permite um momento de intimidade com um velho amigo, o Mar. Ali num sítio bem definido, entre as estações da Granja e de Espinho.

Impreterivelmente aos 37 minutos de uma qualquer hora da tarde, a estação de Aveiro. O fim-de-semana. A mãe, o pai, a mana. Os avós. Os amigos de cá. O Clã 25, o 8º ano, o pessoal. As 50 e poucas horas mais rápidas do mundo. E, de novo, domingo.



Rotinas. De uma vida que dá gosto viver... =)

[mas devo confessar que o dia hoje foi mesmo bom. =)]

11 de março de 2007

Esse seu olhar...

[hoje, apeteceu-me.]



"Esse seu olhar,
Quando encontra o meu,
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar...
Doce é sonhar, é pensar que você
Gosta de mim, como eu de você...
Mas a ilusão,
Quando se desfaz,
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais...
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos!..."

["Esse Seu Olhar" - Maria João]