29 de março de 2009

24 sobre 24

Chegamos. Chegamos a correr, andamos a correr, dormimos a correr, saímos a correr porque o novo dia não espera por nós e porque há quem conte connosco noutras paragens. O dia é sempre inevitavelmente curto para tudo o que queremos e a prova disso é que muitas vezes chegamos ao fim com a sensação que passou imenso tempo, muito mais do que as 24 horas que naquele momento nos parecem ridículas, de tão ilusórias.

Contudo, às vezes, há dias em que as 24 horas parecem demais. Parece que o dia podia muito bem ter apenas 10, 12, 18 horas, qualquer coisa. Podia passar depressa, acabar depressa, levar com ele as notícias tristes e as constatações assustadoras. Podia simplesmente desaparecer rapidamente e dar lugar a outro dia, outro totalmente novo, que pudesse ter outra vez a oportunidade de trazer alegrias, muitas alegrias e poucas tristezas.

É que se há conjuntos de 24 horas que eu gostaria de congelar para sempre, há dias que preferia apagar da minha memória. Hoje é um desses dias.

2 comentários:

éme disse...

faz tanto sentido aquilo que traduziste por palavras o que tantas vezes sinto...
no que precisares, o que quer que tenha acontecido, estou aqui [*]

Anónimo disse...

Olá!
Ui essa tristeza!
Sabes que se nós quisermos, conseguimos tirar coisas boas dos momentos menos bons da vida? Estes momentos fazem-nos crescer.
Já sei que deves estar a pensar que é só conversa, que ficarias bem melhor sem essas angústias, mas um dia qdo fores mais velhota, vais-me dar razão.
Um bj mto grande
Ângela