30 de novembro de 2011

Dou-me.




«Encontrei bom porto
E ancorei no cais
Deixo o medo em terra
Esqueço vendavais
Abasteço a alma
Com baús de vida...»

29 de novembro de 2011

Reflexos.

Que força é esta
Que suporta a máscara
Quando cá dentro correm rios
Para parte incerta?
Quando cá dentro há mares e marés
E rochas onde rebentam,
No silêncio solitário de uma canção,
Impetuosas ondas
De tudo o que ficou para cá das palavras…

Que força é esta
Que segura a tela e o pincel
Quando já não há tinta para pintar,
Nem esboços, nem conceitos,
Nem nada que inspire a imagem
Estampada nos dias normais?

Que força é esta
Que consegue construir no pouco
Tanto para oferecer?

Que força é esta?

[29.11.11 ~ 00:43]

23 de novembro de 2011

People.




«I guess that loneliness came knocking
No one needs to be alone, oh, singing:

People help the people
And if you're homesick,
Give me your hand and I'll hold it.
People help the people
Nothing will drag you down
Oh, and if I had a brain,
Oh, and if I had a brain,
I'd be cold as a stone and rich as the fool
That turned all those good hearts away»

12 de novembro de 2011

(um parêntesis)

Cada vez gosto mais de Lisboa. Das ruas empedradas, claras e luminosas. E das outras estreitas, "fechadas" por dois ou três andares de janelas de ferro, roupa estendida e cortinas de renda. Gosto do rio que já quase cheira a mar e da porta aberta ao mundo que é este Terreiro por onde tantos passam. Gosto das árvores da Avenida e das esplanadas da Rua Augusta. E de subir uma rua e encontrar um jardim, uma Praça que dá mesmo Alegria. Gosto de ver o Castelo, protector, e também de ver, do Castelo, esta cidade sobre o rio.

Hoje o dia está escuro e, ainda assim, gosto da luz de Lisboa e do vento que me desgrenha o cabelo, aqui sentada nesta pedra branca. É curioso como pode mudar a nossa opinião sobre uma cidade à medida que a começamos a conhecer e à medida também do nosso crescimento. Há seis, sete anos atrás, dizia a todos que não me imaginava a viver em Lisboa, que não iria gostar. Hoje, penso que não só seria perfeitamente capaz de o fazer como, muito provavelmente, gostaria muito.

Cada vez gosto mais de Lisboa.

Terreiro do Paço, Lisboa
11.11.11