9 de fevereiro de 2012

Sisters.

Desde que estou em Santiago, estou a ver desde o início aquela que é, muito provavelmente, a minha série favorita de todos os tempos: “Brothers & Sisters”. É aquela série que, um dia, quando me puder dar a esse luxo, comprarei em DVD, para ver e rever quantas vezes quiser e em qualidade, porque nunca me canso de nenhum episódio, mesmo que já saiba exactamente o que vai acontecer. Não sei muito bem porque é que me prende tanto aquela família. Não sei se é por ver na Nora tanto da minha própria mãe (sem os momentos “freak-out”, claramente :D), não sei se é pelo sonho de um dia construir uma família mais ou menos assim (mas menos louca, por favor!), mas o que é certo é que me emocionam e me fazem rir e, sobretudo, parecem totalmente reais e possíveis de encontrar em qualquer canto do mundo.

Em particular, sempre admirei a personagem da Sarah Walker (representada pela Rachel Griffiths). Acaba por ser curioso dada a igualdade dos nossos nomes, mas a verdade é que me revejo muito em alguns traços de personalidade da Sarah. Os seus sentimentos sobre a família, a necessidade emergente de “manter” a estabilidade da família e ser suporte para todos, muitas vezes em detrimento de si mesma, a paixão com que defende e protege a sua família independentemente de tudo mas sem nunca perder a noção do correcto e do bom senso e ainda a dedicação e entrega que coloca no seu trabalho, fazem-me dizer muitas vezes que gostava de ser assim daqui a uns anos.

Mas o que me levou a escrever isto hoje foi, sobretudo, o episódio que vi ontem à noite e que me chamou a atenção para uma situação muito curiosa, em que uma vez mais me revejo na Sarah. Por coincidência, a Sarah tem como única irmã (os outros três são rapazes) a Kitty, abreviatura para Katherine. É curioso que por aqui (e na ausência dos irmãos rapazes), também sejamos uma Sara (mais velha) e uma Catarina (mais nova). Mas, sobretudo, é a relação entre elas que mais me impressiona. Porque ontem, em particular, num momento terrível e fulcral da vida da Kitty, em que toda a família se reuniu para a apoiar, Sarah estava em viagem e quando, de repente, toca a campainha em casa da Kitty e ela abre a porta a Sarah (chegada aos USA desde França), pode ver-se nos olhos da Kitty o alívio de quem sabe que não poderia enfrentar nada sem a irmã ao lado.

Não sei se é por estar mais longe, se é por ter saudades. Mas ontem senti que, uma vez mais, também eu seria como a Sarah e atravessaria o mundo para estar onde devia estar, se a minha própria “Kitty” precisasse. E senti-me bem com isso, porque apesar de nem sempre o mostrar, não há mesmo ninguém como a minha irmã. :)


3 comentários:

anastomose disse...

... e foi com este texto que também percebi isso: eu ia ao fim do mundo para abraçar a minha irmã. *

Celeste disse...

Diz-se que "quem sai aos seus..." Eu dou por mim a ter saudades de estar com o meu irmão que vejo quase todas as semanas...Iria para lá do fim do mundo! Beijos.

Unknown disse...

Também gosto imenso desta série Sara. Muito bem realizada retrata com inteligência e beleza tantos microcosmos das famílias actuais. Beijinho