19 de julho de 2012

My brightest diamond.

Hoje a minha Mãe faz anos.

Podia dizer, como muitos dirão das suas próprias mães, que é a melhor, que não há outra como ela e que não a trocaria por nada deste mundo. No entanto, embora tudo isto seja verdade, é incrivelmente redutor. Porque a minha Mãe não se compara nem se quer comparar com ninguém e por isso não penso que para ela seja importante ser "a melhor".

Posso dizer-vos, isso sim, que a minha Mãe me ensinou, em 25 anos, praticamente tudo o que sei sobre a vida e sobre as pessoas. Que me ensinou, junto com o meu Pai, o bem e o mal, o certo e o errado, a verdade, o respeito, a simpatia, a alegria, o carácter, a persistência, a resistência e a força. Que sou forte porque ela é forte e frágil porque ela também é frágil, em alguns momentos. Que no meu coração cabem muitas pessoas porque ela me ensinou que podemos sempre dar uma oportunidade a todos. Que gosto de aconchegar os amigos num abraço apertado porque ela tem sempre um abraço apertado para mim. Que 25 anos depois ainda tenho espaço no colo dela, ainda acorda quando pressente que estou mal-disposta e ainda me telefona só para falar 2 minutos e matarmos saudades das nossas vozes. Que sou o que sou e estou onde estou hoje porque ela sempre me disse que eu podia ser o que quisesse, onde quisesse... e acreditou sempre em mim.

A minha Mãe ouviu as minhas conversas desesperadas e as minhas histórias intermináveis. Ouviu quando eu disse que achava que não estava no caminho certo, quando eu disse que não sabia bem o que fazer e quando eu chorei porque já não via sequer o caminho. A minha Mãe ensinou-me que, aconteça o que acontecer, a nossa casa é o nosso sítio seguro e, independentemente do que façamos, a nossa família é A prioridade. Nem sempre fui capaz de estar à altura deste ensinamento, mas nunca o pus em causa e nunca o esqueci. Porque sempre tive necessidade de partilhar com os meus 3 tudo o que me marcou, positivamente ou nem tanto.

A minha Mãe não é perfeita, às vezes acredita muito menos nela própria do que deveria. Às vezes fica cansada, perde a paciência ou a capacidade de tolerar todas as pequenas barbaridades que nós lhe vamos fazendo. Mas, precisamente por tudo isto, sempre me ensinou que pedir desculpa não nos torna menores, pelo contrário.

A minha Mãe, felizmente, não é só minha. É também mãe da outra peste que temos lá em casa e é um bocadinho mãe de todas as "crianças" da nossa família (sim, porque ser tia também é ser um bocadinho mãe!). É um bocadinho mãe de todos os "meninos" que já lhe passaram pela sala de aulas e puderam aprender dela muito mais do que as Ciências Fisico-Químicas. É um bocadinho mãe de todos os meus/nossos amigos, que num ou noutro momento já passaram por nossa casa, comeram algo, deram dois dedos de conversa ou trocaram umas gargalhadas. Porque a minha Mãe é assim. É tão boa nisto de "ser mãe" que todos querem ser um bocadinho "filhos" dela. Por isso para muitos dos meus amigos ela é a "Mãe Celeste", para outros é a "Tia Celeste", mas é sempre parte de uma família alargada que todos acabamos por construir.

É por ela que eu quero ser mãe, um dia. Para ter a oportunidade de ser para alguém o que ela é para mim, para poder dar a alguém tudo o que ela me dá a mim. Porque a minha Mãe é tudo isto e eu gostava que todas, todas as pessoas do mundo pudessem ter uma mãe como a minha. :)

Parabéns Mãe!!! :D




[esta canção foi escrita no sentido oposto (mãe para filho), mas não deixa de ser, como aqui se dizia, um hino ao amor incondicional... :')]