12 de outubro de 2013

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Ficou-me na retina um olhar, no ouvido uma frase: «Acreditas realmente que um dia, no teu leito de morte, vais pensar "Ah, óptimo, ninguém soube que eu era amável!"?»

Porquê envergonhar-nos de ser bons? Porquê o esforço de deixar uma imagem distante, fria, insensível até? Porque não dar-nos completamente, ainda que doa, ainda que custe, ainda que seja difícil? Afinal, como também ouvi hoje, "a vergonha é um sentimento desperdiçado". No fim, ninguém vai saber os nossos segredos, por isso, para quê guardar para nós mesmos o que é bom?

Porque tudo acaba. Às vezes cedo demais. E, aí, como mediremos as nossas vidas? "Em dias, em pores-do-sol? Em noites, em cafés? Em polegadas, em milhas? Em risos, em conflitos?"

"Que tal em AMOR?"


(de vez em quando, vale a pena pensar nisto. porque há sempre algo maior, mais importante do que as minhoquices do dia-a-dia.)