24 de junho de 2014

Inês da minha alma

Não me lembro exactamente de o dia de São João não ser, também, o dia da Inês. Deve ser normal, afinal de contas são 21 anos a acordar a 24 de Junho com o mesmo pensamento: hoje a Inês faz anos! :) E a Inês, por ser quem é, há muito que merecia o seu espaço aqui no abrigo...

A Inês vivia perto de mim antes de eu a conhecer, a Inês vive dentro de mim desde que a conheço. No princípio, a escola primária, a sala número 2, eu que jogava futebol e a Inês que era princesa. Mas sempre, desde esse dia, com o sorriso que hoje também faz 27 anos. Depois, a comunidade que era o segundo andar do nº27, porque mais valia nem haver portas, porque as casas eram das duas (das quatro!) em brincadeiras infindáveis e histórias intermináveis. E juntas continuávamos a crescer, entre portas abertas e abraços fechados. Olhando para trás, sei que esta amizade passou provavelmente por tudo o que uma relação assim tem de passar: zangámo-nos, discutimos, chorámos, rimos, viajámos, estudámos, sofremos e fomos felizes, juntas. Também estivemos longe, longe porque em cidades diferentes, longe porque em "fases" diferentes, longe porque em prioridades diferentes. Mas sempre, inexplicavelmente, perto. Mesmo que o contacto não fosse tanto ou alguma novidade das nossas vidas ficasse por contar no momento exacto, tudo permanecia igual. E esta estabilidade, esta certeza de alguém que passou por tanto ao teu lado e que vai continuar perto, "mesmo que a vida mude os nossos sentidos", as nossas direcções, os nossos rumos, não tem preço.

Sou feliz quando sei que a Inês é feliz e sei que este sentimento é mútuo. Alegro-me nas suas conquistas, admiro a sua perseverança, reconheço orgulhosa a sua infinita capacidade de trabalho e de entrega pessoal, sorrio contagiada pelo seu sorriso. Desde 1993 até hoje e para sempre.

Para ti, minha Nês, que cabes como poucos no meu abraço e que com tanta história escrita em conjunto me fazes mais feliz, sempre, parabéns! :)


17 de junho de 2014

Caso grave... :)

Quando tenho que escrever um artigo, apetece-me escrever sobre outras coisas, inventadas, apetece-me escrever um livro.

Quando tenho tempo e poderia, realmente, escrever coisas para o que um dia chegasse a ser um livro, apetece-me fazer outras coisas, ou inclusive chega a não me apetecer fazer nada.

Creio que tenho um problema crónico... de procrastinação.

Escrevamos, pois...

(e o blog, pobre, fica sempre no fim da lista...)

11 de junho de 2014

"Looking back over my shoulder..."

Gosto tanto de Maio que não tive tempo para vir aqui dizer quanto. Gosto tanto de Maio que me deixei levar pelos momentos inesquecíveis que uma vez mais escreveram a história do melhor mês do ano e achei que não precisava de palavras registadas, para dizer o quanto gosto de Maio.

Maio é um mês sempre doce, sempre terno, sempre celebrativo, sempre preenchido, sempre profundamente transformador. Este ano não foi excepção...

No rescaldo, olho para trás e volto a ouvir os acordes da Monumental Serenata, a sentir o sal de algumas nostálgicas lágrimas e a força de tantos abraços, dos amigos de sempre (desde o primeiro "DE QUATRO!") aos nossos caloiros, dos afilhados aos finalistas, de D. António Francisco que mais do que Bispo é já amigo ao Padre Bacelar, força e espírito da mais bonita Bênção das Pastas do (meu) mundo. Foi mais um regresso quentinho à casa que o meu coração não sabe nem quer abandonar...

Maio trouxe-me de volta aos braços de muitos amigos, à gargalhada fácil de quem sabe e sente que o tempo não deixa marcas nas amizades de ferro, ao sorriso iluminado de quem, como se o tempo não tivesse passado, celebra cada aniversário como se se contassem os anos pelos dedos de uma mão. Maio trouxe-me a certeza de que por muitos anos que viva jamais poderei recompensar o que cada pessoa do meu mundo tem feito por mim!

Desta vez, Maio trouxe novos inícios, novos desafios, novos compromissos, novas responsabilidades e um novo brilho ao olhar. Trouxe uma nova confiança, um respirar mais fundo, mais livremente, outra vez. Trouxe uma luz ao fundo do túnel e um novo olhar sobre as coisas, porque afinal tudo pode acontecer, se dermos o nosso melhor.

E Maio também me levou, de volta às viagens que tenho impressas na minha essência. Levou-me a descobrir a nova casa de alguém que "fez casa" dentro de mim... e foi bom. Porque é bom sabermo-nos parte da bagagem de quem se vê obrigado a voar para outras paragens, recordar que a distância é o que quisermos que ela seja e que as saudades não se matam, só se suavizam para logo voltarem em força, a lembrar que são elas a prova do que há em nós de melhor.

Com um mês de Maio assim... como não acreditar profundamente que sou feliz? :)