21 de novembro de 2014

Persiste. Até quando?

Já levei tantas chapadas que pensei que já não ia doer. Já fui tantas vezes atirada ao chão que achei que tinha de deixar de doer em algum momento. E continuo a perguntar "para quê". Se a vida me dá tantos sinais, porque insisto em achar que eu é que tenho razão, que o meu projecto é que está certo, que o caminho por onde quero ir é o meu? Se erguer a cabeça, levantar-me do chão e recomeçar se torna cada dia mais difícil, porque é que insisto? Porque é que hei-de ter eu razão?

Não somos os mesmos no fim de uma guerra e sobretudo quando de todas as batalhas saímos derrotados. Mudamos. Tornamo-nos, muitas vezes, pessoas que não gostamos de ser. E talvez seja mais corajoso desistir de perder e conformarmo-nos com um caminho que, não sendo o que sonhámos, talvez seja o que temos de aceitar. Porque nem tudo vale a pena, mesmo quando a alma não é pequena.

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