25 de fevereiro de 2008

Momentos.

Às vezes temos daqueles momentos em que sentimos que aqueles instantes já fizeram a nossa vida valer a pena. Este fim-de-semana, tive dois...

Nada há como a sensação de missão cumprida e nada me realiza mais do que sentir que transmiti uma mensagem... No sábado, naquela salinha onde quase não nos conseguíamos sentar no chão, com aquela cruz desenhada na cartolina e a vela acesa ao centro, alguém disse "Não sinto Deus nas vitórias ou nas derrotas, mas no caminho entre ambas" e eu limitei-me a sorrir... Hoje penso que, de facto, "ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar" e eu tenho aprendido tanto, tanto com vocês...

Já hoje (domingo), regressei a uma "casa" da qual tenho muitas saudades. Fui "fazer mesa" no jogo comemorativo do título regional das meninas do CVA e foi mesmo como um regresso a casa. Ao "meu clube", ao "meu treinador", àquele pavilhão. Mas algo estava radicalmente diferente... Aquela já não era a equipa mais-ou-menos-mas-cheia-de-vontade de quando eu lá andava... Não, agora as juvenis do CVA são uma grande-equipa-ainda-cheia-de-vontade, que se bateu de igual para igual com um clube tão grande como é o Boavista. Além de tudo o resto, foi com o maior orgulho que eu, ex-atleta e ex-capitã daquela equipa, saí da minha cadeirinha para pôr ao pescoço daquelas 13 meninas a medalha que tão merecidamente conquistaram. E, no final, foi com um sorriso nos lábios que as vi gritar aquele "dá-me um C (...) um V (...) um A (...)" que começou quando eu ainda gritava até me sair do peito toda a adrenalina de estar em campo. Senti saudades, orgulho e alegria. Obrigada, meninas. =')

20 de fevereiro de 2008

Campeãs! =)

Finalmente e já com 3 dias de atraso, venho dar a quem ainda possa não saber uma feliz notícia (pelo menos para quem estima o voleibol e o CVA):

"Finalmente o CVA conquistou o seu primeiro título regional significativo e logo no escalão mais competitivo da Associação de Voleibol de Coimbra (...). Espectacular campanha destas 13 jovens, não tendo sido apontadas como favoritas acabaram por nunca sair do 1º lugar, perdendo apenas 2 vezes em 14 jogos. Avança agora para a 2ª fase nacional, indo enfrentar alguns dos colossos da formação no nosso país, prevê-se que grandes jogos sejam disputados em Aveiro nos próximos 2 meses." (da Direcção CVA)

(é a Mara em grande estilo! =D)

PARABÉNS MENINAS! Foi com muito agrado que vos vi vencer este campeonato e construir uma equipa estável... Lembrem-se que conquistaram algo muito ambicionado por todos os que passam pelo desporto e nomeadamente pelo CVA (eu própria incluída!)... Somos "pequeninos" mas podemos mostrar a toda a gente que conseguimos criar uma estabilidade invejada por muitas equipas por aí fora!

Continuem assim, fortes e unidas! Lá estarei no jogo comemorativo! Já agora...

JOGO COMEMORATIVO DO TÍTULO REGIONAL DE JUVENIS FEMININOS
DIA 24 DE FEVEREIRO - 16H - PAVILHÃO EB2,3 ARADAS

12 de fevereiro de 2008

Vontade(s).

A vontade é total e definitivamente uma coisa lixada. Quantas coisas não deixámos já de fazer usando como justificação a sempr'eterna "falta de força de vontade"? A mim já me aconteceu muitas vezes, talvez até vezes demais.

Mudar é duro, difícil, complexo. Mudar exige de nós uma vontade que nem sempre conseguimos encontrar dentro de nós, exige uma capacidade de, mais do que reconhecer o que está mal, agir em conformidade com isso. E isso não é simples, pelo menos para mim não é. Às vezes penso que tenho todas as cartas na manga para fazer o melhor dos truques de magia e transformar tudo o que posso num quadro mais perfeitinho. No entanto, falta-me a vontade de sair do sítio, de fazer o que é preciso, de me sacrificar para que a perfeição do quadro fique um pouco mais próxima. Como é possível não nos conseguirmos motivar para algo que sabemos ser importante, essencial e inevitável? Sabemos o que fazer, quando o fazer, como o fazer. No entanto, não saímos do cantinho onde nos enfiámos, onde nos torturamos diariamente com a voz da consciência a chamar-nos à inevitabilidade de seguir em frente e a voz do medo, desse enorme medo de voltar a fracassar a pedir-nos que fiquemos, só mais um dia, e outro, e outro, sem sair do sítio.

Todos os dias esse medo de voltar a não conseguir nos corrói mais um bocadinho e é difícil chegar a um momento em que conseguimos dizer: "Vou voltar a tentar". Desistir torna-se subitamente o caminho melhor, por ser o mais evidente, mais claro e mais simples.

É então que, de repente, alguém nos mostra que não sair do sítio nos pode prejudicar ainda mais do que tentar de novo, mesmo que fracassemos. E percebemos que não há fuga. Há que voltar a tentar, outra e outra vez, ainda que não consigamos entender o que está mal, o que fizemos de errado, e voltemos a atribuir a culpa à falta de força de vontade.

Porque o querer, esse existe, a força é que falta. E ainda não consegui perceber porquê. Mas, uma vez mais, eu volto a tentar... ainda que com pouca certeza de conseguir, desta vez, para variar.





[às vezes dá-me para estes desabafos e acho que foi pra isto mesmo que criei este blog... não levem demasiado a sério, são apenas pensamentos que cruzam a minha mente naqueles dias em que uma qualquer realidade me apanha de surpresa.]