Mostrar mensagens com a etiqueta Música. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Música. Mostrar todas as mensagens

6 de março de 2017

Amar pelos dois.

Em 74 levámos "E depois do adeus", canção que dispensa apresentações e que marcou a nossa história. Três pontos na final, décimo-quarto lugar. Em 76 levámos "Uma flor de verde pinho", poema sublime de Manuel Alegre, interpretado pelo enorme e eterno Carlos do Carmo. Dois pontos na final, décimo-segundo lugar. Em 84 levámos "Silêncio e tanta gente", um "one woman show" de Maria Guinot absolutamente impressionante. Trinta e oito pontos na final, décimo-primeiro lugar.

Canções maravilhosas, ignoradas no grande "show" da música europeia. Canções-balada, cantadas em português. Também já levámos canções animadas como "A festa da vida", "Playback", "Conquistador" ou "O meu coração não tem cor". Salvo esta última, os resultados não foram muito melhores para este "tipo" de canções. Por isso, no dia em que alguém conseguir definir o que é "uma canção de festival", poder-se-ão classificar segundo esse critério as nossas participações. Enquanto isso não acontece, penso que a canção da Luísa e do Salvador é simplesmente uma belíssima balada de amor, digna representante da maravilhosa música que se faz no nosso país.

14 de janeiro de 2016

Coração florido

Cresci num tempo em que se banalizou a palavra amor. Dizia-se "amor" por tudo e por nada, a uma quantidade razoável de pessoas nas nossas vidas. Os mais velhos olhavam-nos como se aquela simples palavra, usada como substantivo ou como verbo, conjugada nas mais variadas pessoas, fosse um tesouro precioso, um vinho "reserva" que só se bebe nos "dias especiais" (sim, essas garrafas que todos acabamos por herdar de pais e avós que nunca consideraram um dia suficientemente especial para esse vinho). Olhavam-nos como se estivéssemos a desperdiçar amor, a gastar a palavra e o sentimento, a esgotar uma fonte invisível.

Eu, no entanto, que nem era tão habitual no uso da palavra, sempre pensei como era egoísta essa histórica e tradicional contenção do amor. Se nesse momento da nossa vida, nessa circunstância particular, é amor o que sentimos pela(s) pessoa(s) que temos à nossa frente, porque haveríamos de o conter? Se não for por timidez, não vejo motivo para não dizer amor, mostrar amor e ser amor para quem realmente amamos. E há tantas pessoas que passam pela nossa vida deixando e levando amor... Tanta gente que amamos, amámos ou amaremos de pleno coração. Tantas pessoas que enchem os nossos dias da certeza de sermos amados, que é, para mim, a base da felicidade. Porque não o dizemos?

Hoje, encontrei neste blog esta versão de uma canção eterna. Tudo se resume a esta pequena frase: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão..."

Por isso, a todos os que têm enchido a minha vida de luz e sonhos, saibam que tudo seria diferente se eu não vos amasse tanto. Porque o amor não pode ficar por dizer. Por mais que o vento leve as palavras, "amor" é das poucas que tem a capacidade de se gravar em nós para sempre. Contra ventos e marés.

2 de outubro de 2015

Braços baixos não se querem ver!

Foi ontem, o dia mundial da música. É depois de amanhã, o dia de tentar mudar alguma coisa. Talvez nada melhore, talvez o que esperamos não se cumpra, talvez continue a faltar cumprir-se Portugal, talvez continuemos a "dormir", à espera. Mas em cada dia é-nos dada essa oportunidade e está nas nossas mãos fazer alguma coisa. Hoje, o meu desafio é para que saiamos de nós e nos arrisquemos a mostrar as nossas falhas, mas também as coisas que nos fazem felizes. Já tem dois anos, esta gravação, mas nunca tinha saído dos confins dos nossos computadores... Foi um dia feliz, divertimo-nos e fizemos algo com falhas mas, humildemente, bonito. Amanhã é outro dia! Acorda, Portugal!

(a música e letra são do Tiago Bettencourt, a interpretação foi a possível por mim e pelo Miguel Conde, a montagem e edição são do Luís Nuno, a foto de fundo é do meu amigo Felipe Villarroya e o vídeo é do meu fraco talento para o Movie Maker! :D )

3 de junho de 2015

Como un documento inalterable.

Los que hemos elegido esta forma de vida, esta curiosidad por el mundo y por la vida como profesión, a menudo nos sentimos desubicados, hijos de ninguna tierra, corazones rotos y esparcidos por todos los cantos del mundo por donde hemos pasado. Como si, a cada año que pasa, nos vayan robando personas y lugares, nos sigan arrancando de los abrazos y de las memórias donde estamos cómodos. Es una realidad inevitable y, sin embargo, siempre dolorosa. La vamos ignorando mientras pasan los días, porque sería insoportable de otra forma, pero en algún momento tenemos que enfrentarnos con ella y asumirla.

Entonces puede haber quién diga, "para qué te diste tanto, para qué te has unido tanto a esas personas?". Porque no sabría ser de otra manera. Donde vaya, donde esté, donde sea, ofreceré siempre mi corazón. Y la vida me enseña que merece la pena, siempre que, del otro lado, hay alguién que me ofrece también parte del suyo. Entonces nada más importa, nada está perdido.


9 de abril de 2015

Mapas.

Já dei mil voltas às palavras que pairam na minha cabeça, mas é tão simples como isto:

Sei o que quero ser "quando for grande" e não importa quão duro seja o caminho até lá chegar.



13 de fevereiro de 2015

Tempo.

Nem sempre há motivos para romper o silêncio. Nem sempre há algo para dizer. Nem sempre há palavras que nos pressionem tanto a alma que não as possamos conter.

Mas às vezes, em dias como hoje, procuro as palavras e não as encontro. Encontrei a Mariza e não há mais nada que eu queira realmente dizer, hoje.

"Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei

Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui"