Cada vez gosto mais de Lisboa. Das ruas empedradas, claras e luminosas. E das outras estreitas, "fechadas" por dois ou três andares de janelas de ferro, roupa estendida e cortinas de renda. Gosto do rio que já quase cheira a mar e da porta aberta ao mundo que é este Terreiro por onde tantos passam. Gosto das árvores da Avenida e das esplanadas da Rua Augusta. E de subir uma rua e encontrar um jardim, uma Praça que dá mesmo Alegria. Gosto de ver o Castelo, protector, e também de ver, do Castelo, esta cidade sobre o rio.
Hoje o dia está escuro e, ainda assim, gosto da luz de Lisboa e do vento que me desgrenha o cabelo, aqui sentada nesta pedra branca. É curioso como pode mudar a nossa opinião sobre uma cidade à medida que a começamos a conhecer e à medida também do nosso crescimento. Há seis, sete anos atrás, dizia a todos que não me imaginava a viver em Lisboa, que não iria gostar. Hoje, penso que não só seria perfeitamente capaz de o fazer como, muito provavelmente, gostaria muito.
Cada vez gosto mais de Lisboa.
Terreiro do Paço, Lisboa
11.11.11