12 de dezembro de 2008

Gosto...

Gosto de pensar. Gosto de sonhar.
Gosto de dormir e de estar acordada, bem acordada.
Gosto de imaginar. Gosto de planear.
Gosto de escrever. Gosto de comunicar e de conversar.
Gosto de estar com as pessoas de quem gosto.
Gosto de ter os meus amigos por perto.
Gosto de falar mesmo que seja pela net.
Gosto de sair, às vezes. Gosto de passear.
Gosto de sair à descoberta do caminho.
Gosto de sentir o ar puro a encher os pulmões.
Gosto de olhar para o horizonte. Gosto de ir ver o mar.
Gosto de caminhar na praia e sentir a areia por entre os dedos dos pés.
Gosto de tomar banho no mar e nadar.
Gosto de recordações. Gosto de guardar tudo. Gosto de relembrar.
Gosto de viver.
Gosto da vida académica. Gosto da praxe. Gosto de trajar.
Gosto dos meus afilhados e dos meus padrinhos.
Gosto do roxo de Farmácia.
Gosto da Queima. Gosto da PáraCeTáMol.
Gosto de Serenatas.
Gosto do Grupo de Fados. Gosto do "Menino d'Oiro".
Gosto das Sirigaitas. Gosto do Baby e das actuações.
Gosto dos festivais e das idas para longe.
Gosto de cantar. Gosto de música.
Gosto de dançar.
Gosto de rir. Gosto de sorrisos.
Gosto de bebés.
Gosto de mimos. Gosto de abraços.
Gosto de estar à vontade e de não ter vergonha.
Gosto de meter conversa. Gosto de conhecer pessoas.
Gosto de falar outras línguas.
Gosto de ciências. Gosto de química.
Gosto de trabalhar no laboratório.
Gosto de trabalhar.
Gosto de não saber estar quieta.
Gosto de estar em todas. Gosto de me sentir útil.
Gosto de ser parte das coisas. Gosto de ser responsável.
Gosto da AEFFUP. Gosto de compromissos.
Gosto de ser escuteira. Gosto de Cristo.
Gosto de (boas) surpresas.
Gosto de jantares. Gosto das A.M.I.G.A.S.
Gosto do café à hora de almoço, entre amigos.
Gosto de gargalhadas genuínas.
Gosto de relaxar. Gosto de não ter nada para fazer.
Gosto de jogar voleibol e futebol.
Gosto de ver jogos de futebol e basquetebol.
Gosto de viver tudo ao máximo.
Gosto de ler.
Gosto de ver fotografias. Gosto de fotografar.
Gosto de Aveiro. Gosto da Ria.
Gosto do Porto. Gosto dos jardins do Palácio.
Gosto de andar a pé. Gosto de sair em família.
Gosto de andar de carro. Gosto de conduzir.
Gosto de viajar. Gosto de voltar a casa.
Gosto de ser eu própria.

27 de novembro de 2008

Sons.


"Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Convocando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincavam e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa"

["Era um redondo vocábulo", Zeca Afonso na voz de Cristina Branco]

Porque não me sai da cabeça... *

16 de novembro de 2008

Coisas boas.

Já não me acontecia há bastante tempo. Talvez seja por ter que fazer, talvez seja por ter tanto a cruzar-me o pensamento, agora que as actividades da AE e os Congressos me deram uma folga.

Hoje apeteceu-me actualizar o blog. De verdade, de coração, apeteceu-me.

No fundo, acho que me apeteceu conversar. Por isso, aqui estou. Para vos falar de coisas que têm acontecido...


Por alguma razão que não compreendo muito bem, talvez porque prefiro, como hoje se dizia na Eucaristia, olhar o mundo pela positiva, hoje apetece-me falar da série de coisas boas que me têm acontecido.

Já vos falei de como foi bom sentir a chegada dos novos caloiros da FFUP, de como foi bom ver as caritas deles de esperança (porque não acho que o medo seja o que mais transparece) naquele primeiro dia. No entanto, hoje apetece-me contar que à medida que os dias foram passando, fui conhecendo melhor aqueles pequenitos que voltaram a encher a FFUP de energia e vida e puseram os nossos dia-a-dias a girar, de novo, em volta de quem está de chegada. Percebi que são miúdos com muita energia, muita força, muita garra, muita vontade de crescer e de aprender. Têm as suas virtudes e defeitos, como todos nós, mas são, na sua maioria, muito bons corações, cheios de vida. Do meio desses todos, tenho, porque tenho, que destacar cinco que me são muito especiais. Comigo, com a Carla e com a Sandra, formam uma família muito pintarola, a família dos meus afilhados.

Dizem que os padrinhos são os "pais substitutos" e eu até acho que concordo. Gosto de sentir que eles me procuram, que confiam em mim e que esperam a minha ajuda nos aspectos mais diversos da sua caminhada. Tenho muito orgulho neles e apenas espero que transformem em grandes pessoas, grandes praxistas e grandes farmacêuticos, sentindo sempre que eu continuo a merecer (assim espero...) a honra que me deram de me escolherem... Porque a verdade é que não há quem bote mais pinta que os meus afilhados, a Bentuínha, o Xixas, a Antena, a Enciclopédia-Musical e a Zyrtec (=P)... Ninguém! =)


Apetece-me ainda dizer que nesta semana louca de Congressos, me apercebi de muita coisa que a forma como vivo a minha vida me tem proporcionado de bom e que esta maneira alucinante de correr para tudo, de estar em todas e de não ter tempo suficiente para nada me permite, quando tenho tempo para alguma coisa, fazer parte de algumas coisas fenomenais. Um grande Congresso Científico da AEFFUP, com uma participação muito constante, uma maioria de pessoas interessadas, um grande apoio das Professoras da Comissão Científica e do Prof. Leuschner e, no final, uma fantástica sensação de missão cumprida, de meta atingida e de objectivos alcançados. Logo depois, um pequeno papel num grande Congresso, o 1º Encontro Nacional de Química Terapêutica, onde através de uma lente de uma câmara fui estando perto de tanta coisa fenomenal que se faz por esse país fora (e mesmo na Europa) nesta área que tanto me interessa e fascina.


Pelo meio aconteceu um Siriphonias, o sétimo, uma vez mais cheio de alegria, boa disposição e presenças muito especiais no meio da plateia, os sempre fiéis pai, mãe e mana e a surpresa da Dina, com aquele abraço tão doce, de sempre. Mais uma actuação bonita e eu sempre a sentir-me óptima, feliz e realizada junto daquele meu "baby" de quatro cordas e dois metros de altura... E, no final, quando já quase nada restava, aquele abraço apertado da Júlia, perto do coração, onde tudo o que se sente é maior do que o que se diz, mas o que importa é que eu sei e ela sabe. Perfeito.


Houve outras coisas que poderia falar, guardo o resto para outro dia... Até porque já é tarde, amanhã o dia é de trabalho e tenho que ir dormir. Ainda assim, não termino sem dizer que é viver assim, a mil à hora, com tempo para tudo e sem tempo para nada, que me faz feliz e é esta certeza que me faz, a cada dia, continuar sabendo que não sei viver de outra forma.