No silêncio dos segredos,
amanheceste em mim.
Foste luz na madrugada,
foste esperança no fim da noite,
foste vida saída da escuridão.
Amanheceste e fiz-me nova,
reconstruída do chão,
renascida das cinzas,
fénix de asas vermelhas no céu azul,
rio de prata a correr de novo para o mar.
E eu que sou de palavras,
aprendi a cor do silêncio,
voei ao sabor do vento,
iluminei caminhos com sorrisos,
construí castelos com abraços,
fiz-me nova, a cada dia,
e aprendi a ser feliz.
[05.05.2015]
13 de setembro de 2015
3 de setembro de 2015
Perdão.
Olho à minha volta, vejo, leio, penso e repenso uma e outra vez no mesmo, enchem-se-me os olhos de lágrimas... E continuo a regressar à mesma frase: "Will God ever forgive us for what we've done to each other?" (do filme "Diamante de Sangue") Será? Será que continuará inequivocamente a perdoar-nos por tudo, tudo o que temos feito uns aos outros? A cada dia que passa o mundo parece um lugar mais assustador e, ao mesmo tempo, tudo parece tão longínquo deste pequeno recanto da Terra onde vivo os meus dias. Não sei se quero que este mundo seja o meu, não sei se quero ser considerada igual a estas pessoas que se fecham ao desespero e ao sofrimento dos irmãos, mas também não sei se estou a fazer tudo o que posso por ser diferente. A cada dia que passa, o ser humano vai contribuindo para que eu me desengane e deixe de acreditar que as pessoas são intrinsecamente boas mas cometem erros e têm atitudes más. Caminhamos não sei bem para onde, mas é importante que nos lembremos sempre, como li hoje num blog que admiro, que a Europa somos nós, o Mundo somos nós e nenhuma crítica, nenhum dedo apontado às atitudes dos outros nos ilibam de culpa. Não sei se alguma vez aprenderemos com os erros, mas só consigo pensar que um dia seremos olhados como a geração que permitiu que estes horrores acontecessem. E, Deus nos perdoe, havemos de nos enterrar mais e mais fundo nos nossos túmulos, cobertos de vergonha. Porque continuo sem compreender como algumas pessoas conseguem dormir com as suas próprias consciências. Como se podem perdoar a si próprios.
3 de junho de 2015
Como un documento inalterable.
Los que hemos elegido esta forma de vida, esta curiosidad por el mundo y por la vida como profesión, a menudo nos sentimos desubicados, hijos de ninguna tierra, corazones rotos y esparcidos por todos los cantos del mundo por donde hemos pasado. Como si, a cada año que pasa, nos vayan robando personas y lugares, nos sigan arrancando de los abrazos y de las memórias donde estamos cómodos. Es una realidad inevitable y, sin embargo, siempre dolorosa. La vamos ignorando mientras pasan los días, porque sería insoportable de otra forma, pero en algún momento tenemos que enfrentarnos con ella y asumirla.
Entonces puede haber quién diga, "para qué te diste tanto, para qué te has unido tanto a esas personas?". Porque no sabría ser de otra manera. Donde vaya, donde esté, donde sea, ofreceré siempre mi corazón. Y la vida me enseña que merece la pena, siempre que, del otro lado, hay alguién que me ofrece también parte del suyo. Entonces nada más importa, nada está perdido.
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