18 de dezembro de 2015

Mudámos.

Faz hoje 10 anos, pouco tempo depois de iniciar uma nova etapa na minha vida, dava vida a este espaço, um abrigo para as palavras que transbordavam, para os sentimentos que precisavam de ser expressados, para as dúvidas, as inseguranças, as tristezas, mas também para as alegrias, as conquistas e os motivos para sorrir que ia tendo.

Foram 10 anos de escrita, nem sempre muito regular, até ao dia de hoje. Esta é a publicação número 250 d'O Abrigo e é também sinal de um ponto de viragem, 10 anos depois.

Neste tempo, muita coisa mudou. Sobretudo, mudou a rapariguinha de 18 anos que escrevia num blog o que lhe passava pela cabeça e pelo coração. Mudei como pessoa, mudei de ideias sobre algumas coisas, mudei de casa(s), de pessoa(s), de vida. Mantendo a personalidade que fui construindo ao longo destes 28 anos, sou hoje sem dúvida uma pessoa muito diferente daquela que decidiu a 18 de Dezembro de 2005 começar a escrever neste espaço.

Mas mudou também O Abrigo. Mudou o conceito, o tipo de coisas que escrevia, o estilo de escrita. Por isso, ao fim de 10 anos de progressiva mudança, renasce este novo Abrigo. Mudámos os dois (também de aparência! :) ) e por isso hoje começa uma nova etapa para este espaço. Partilharei mais escrita pessoal, mais textos e poemas, algumas opiniões, algumas "crónicas" das viagens que vou tendo a felicidade de poder fazer... Principalmente, partilharei e escreverei mais. É um compromisso que quero honrar, para evitar deixar para segundo plano uma das coisas que me faz mais feliz: escrever.

Se nos acompanhaste (a mim e ao Abrigo), por mais ou menos tempo, ao longo destes 10 anos: obrigada. Muitas vezes tive a tentação de deixar de alimentar este espaço, mas dentro de mim sempre algo me disse que valia a pena, por uma só pessoa que fosse que gostasse de me ler. Obrigada a ti, que és uma dessas pessoas! Hoje O Abrigo renasce para ti.

2 de outubro de 2015

Braços baixos não se querem ver!

Foi ontem, o dia mundial da música. É depois de amanhã, o dia de tentar mudar alguma coisa. Talvez nada melhore, talvez o que esperamos não se cumpra, talvez continue a faltar cumprir-se Portugal, talvez continuemos a "dormir", à espera. Mas em cada dia é-nos dada essa oportunidade e está nas nossas mãos fazer alguma coisa. Hoje, o meu desafio é para que saiamos de nós e nos arrisquemos a mostrar as nossas falhas, mas também as coisas que nos fazem felizes. Já tem dois anos, esta gravação, mas nunca tinha saído dos confins dos nossos computadores... Foi um dia feliz, divertimo-nos e fizemos algo com falhas mas, humildemente, bonito. Amanhã é outro dia! Acorda, Portugal!

(a música e letra são do Tiago Bettencourt, a interpretação foi a possível por mim e pelo Miguel Conde, a montagem e edição são do Luís Nuno, a foto de fundo é do meu amigo Felipe Villarroya e o vídeo é do meu fraco talento para o Movie Maker! :D )

17 de setembro de 2015

Escolhi ser feliz.

Faz hoje 10 anos. Recebi uma chamada que confirmava as minhas previsões: tinha garantido o meu lugar na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Foi a melhor decisão da minha vida e, dez anos depois, só o posso confirmar.

Faz 10 anos que entrei em Farmácia, que fui caloira, que vesti de roxo, que fui praxada e, sobretudo, que comecei a viver os melhores anos destes 28 que cá cantam. Faz 10 anos que entraram na minha vida grandes amigos, dos mais velhos aos mais novos, pessoas maravilhosas que ainda hoje preenchem os meus dias de sorrisos e alegrias, apesar da distância. Pessoas que sinto saudades de abraçar, diariamente.

Faz 10 anos que comecei a aprender a ser farmacêutica, uma profissão nobre da que muito me orgulho. Mas também faz 10 anos (mais mês, menos mês...) que comecei a aprender a ser investigadora, a ser praxista, a ser Sirigaita, a ser AEFFUP, a trazer o roxo no coração e a levar esta marca onde quer que vá.

Não há coincidências. Há 10 anos fiz a melhor escolha da minha vida e jamais me hei-de arrepender. Por mais voltas que a vida dê, ainda que a vida mudasse tanto que nunca chegasse a exercer a minha profissão, naquelas quatro paredes de Aníbal Cunha eu fui MUITO feliz, e isso é algo que ninguém me poderá nunca roubar. Obrigada. :')

(neste agradecimento incluem-se todos os que estão perfeitamente identificados dentro de mim... os professores, os funcionários, o laboratório de QO, os doutores, os veteranos, os caloiros, os amigos, as direcções da AE, os 05/09+1, os Pintarolas... todos. :) )

(foto do meu amigo Quim Monteiro :) )