16 de fevereiro de 2012

10.

Hoje, pergunto eu: quantas coisas vos aconteceram nos últimos 10 anos? Quantos momentos inesquecíveis? Quantas paixões, quantos amores? Quantas desilusões, quantos sonhos? Quantos passos, quantas quedas? Quantas derrotas, quantas vitórias?

Serão capazes, como eu sou hoje, de se lembrar onde estavam a 16 de Fevereiro de 2002? Dez anos, dez. Tanto tempo, tanta vida, tanto que aconteceu e, sobretudo, tanto que não aconteceu. Tanto que mudou, tanto que mudei. Tanto que cresci, tanto que vivi, tanto que conheci, tanto que sonhei. Tanto que esperei. E passaram 10 anos.

Sei hoje, com uma esmagadora clareza, tudo o que ganhei nestes 10 anos. E sei também tudo o que não ganhei (nem perdi, porque não tive). Sei exactamente onde estava há 10 anos atrás e tenho saudades. Não queria voltar, mas há dias que ficam na nossa história, para sempre. Passaram (os primeiros) 10 anos.

9 de fevereiro de 2012

Sisters.

Desde que estou em Santiago, estou a ver desde o início aquela que é, muito provavelmente, a minha série favorita de todos os tempos: “Brothers & Sisters”. É aquela série que, um dia, quando me puder dar a esse luxo, comprarei em DVD, para ver e rever quantas vezes quiser e em qualidade, porque nunca me canso de nenhum episódio, mesmo que já saiba exactamente o que vai acontecer. Não sei muito bem porque é que me prende tanto aquela família. Não sei se é por ver na Nora tanto da minha própria mãe (sem os momentos “freak-out”, claramente :D), não sei se é pelo sonho de um dia construir uma família mais ou menos assim (mas menos louca, por favor!), mas o que é certo é que me emocionam e me fazem rir e, sobretudo, parecem totalmente reais e possíveis de encontrar em qualquer canto do mundo.

Em particular, sempre admirei a personagem da Sarah Walker (representada pela Rachel Griffiths). Acaba por ser curioso dada a igualdade dos nossos nomes, mas a verdade é que me revejo muito em alguns traços de personalidade da Sarah. Os seus sentimentos sobre a família, a necessidade emergente de “manter” a estabilidade da família e ser suporte para todos, muitas vezes em detrimento de si mesma, a paixão com que defende e protege a sua família independentemente de tudo mas sem nunca perder a noção do correcto e do bom senso e ainda a dedicação e entrega que coloca no seu trabalho, fazem-me dizer muitas vezes que gostava de ser assim daqui a uns anos.

Mas o que me levou a escrever isto hoje foi, sobretudo, o episódio que vi ontem à noite e que me chamou a atenção para uma situação muito curiosa, em que uma vez mais me revejo na Sarah. Por coincidência, a Sarah tem como única irmã (os outros três são rapazes) a Kitty, abreviatura para Katherine. É curioso que por aqui (e na ausência dos irmãos rapazes), também sejamos uma Sara (mais velha) e uma Catarina (mais nova). Mas, sobretudo, é a relação entre elas que mais me impressiona. Porque ontem, em particular, num momento terrível e fulcral da vida da Kitty, em que toda a família se reuniu para a apoiar, Sarah estava em viagem e quando, de repente, toca a campainha em casa da Kitty e ela abre a porta a Sarah (chegada aos USA desde França), pode ver-se nos olhos da Kitty o alívio de quem sabe que não poderia enfrentar nada sem a irmã ao lado.

Não sei se é por estar mais longe, se é por ter saudades. Mas ontem senti que, uma vez mais, também eu seria como a Sarah e atravessaria o mundo para estar onde devia estar, se a minha própria “Kitty” precisasse. E senti-me bem com isso, porque apesar de nem sempre o mostrar, não há mesmo ninguém como a minha irmã. :)


7 de fevereiro de 2012

"If I can make it there..."

A descoberta do dia: o Foxtrot. E a elegância das danças de salão... Ao som do Frank, foi só contar "um... um, dois, três e um... um, dois, três" e passar um bom bocado! :)