3 de junho de 2015

Como un documento inalterable.

Los que hemos elegido esta forma de vida, esta curiosidad por el mundo y por la vida como profesión, a menudo nos sentimos desubicados, hijos de ninguna tierra, corazones rotos y esparcidos por todos los cantos del mundo por donde hemos pasado. Como si, a cada año que pasa, nos vayan robando personas y lugares, nos sigan arrancando de los abrazos y de las memórias donde estamos cómodos. Es una realidad inevitable y, sin embargo, siempre dolorosa. La vamos ignorando mientras pasan los días, porque sería insoportable de otra forma, pero en algún momento tenemos que enfrentarnos con ella y asumirla.

Entonces puede haber quién diga, "para qué te diste tanto, para qué te has unido tanto a esas personas?". Porque no sabría ser de otra manera. Donde vaya, donde esté, donde sea, ofreceré siempre mi corazón. Y la vida me enseña que merece la pena, siempre que, del otro lado, hay alguién que me ofrece también parte del suyo. Entonces nada más importa, nada está perdido.


15 de maio de 2015

"Recuerda tú que puedes"



Li por aí que hoje é o dia da Família. Hoje é sem dúvida um dos dias da minha (parabéns pequena Madalena! :) ), mas sobretudo saber disto fez-me pensar em quem somos e como vivemos. 

Quando falo da minha família digo sempre que não somos muitos mas andamos sempre juntos para todo o lado. Porque os caminhos da vida nos levaram e continuarão a levar sempre por mil e um lugares, onde vamos construindo a(s) vida(s) e novos núcleos da mesma família, mas nem isso nos separa. Recordo as mil e uma celebrações familiares, mas principalmente vem-me à memória o dia da minha Imposição de Insígnias, com (quase) todos ali a ver-me rir e chorar e inundar-me de felicidade. Não sei se alguém levou tanta família como eu a esse evento, mas sei que não poderia ser de nenhuma outra forma. Um dia chegarei também ao fim desta luta e sei que os terei perto, de novo (porque não se pode estar mais perto do que aqueles que trazemos dentro).

A família é a casa das nossas primeiras e de todas as mais importantes recordações. Nela escrevemos algumas das páginas mais bonitas da nossa história e, às vezes, é nela que vamos buscar o que o tempo nos roubou da memória. Porque o corpo falha e pode chegar a apagar o que guardámos com tanto amor, mas enquanto tivermos quem nos recorde, teremos quem nos ajude a recordar. Neste dia da família oiço esta canção e penso que é nosso dever devolver a quem nos ama as suas memórias, da forma que melhor pudermos. Neste dia da família penso no medo de perder esses pedaços de história e na minha avó, que não se lembra do meu nome mas sorri sempre quando me vê, porque sabe que não somos estranhas. Quem me dera poder devolver-te a imagem da avó desempoeirada, despachada e activa que guardo comigo...

12 de maio de 2015

Puedo escribir.

Quiero pensar y no puedo,
ahogas mis ideas con una marea de palabras.
Quiero creer y no puedo,
destruyes la base de mi castillo de cartas,
con un sólo toque.
Quiero soñar y no puedo,
en ti no cabe la esperanza de la imaginación.

Pero puedo escribir,
gritarte en MAYÚSCULAS,
calmarme con puntos suspensivos...
Respirar entre cada párrafo.

Y derramar todas las lágrimas que no mereces,
que no merezco.

[12.05.15]