Em véspera de Natal, resolvi finalmente responder ao desafio da minha querida Maria João... Não foi fácil, hesitei muito na escolha do autor a usar, mas aqui vai... =)


1. Colocar uma foto individual:

2. Escolher um artista/banda:

* Mariza (hesitei entre ela e a Mafalda Veiga, evidentemente...)



3. Responder às seguintes questões somente com títulos de canções do artista/banda escolhido (tomei a liberdade de colocar pequenas frases...):

* És homem ou mulher? Maria Lisboa ~ "Vende sonhos e maresia..."

* Descreve-te: Se eu mandasse nas palavras ~ "Como se eu mandasse nas palavras, pediram-me que a dor fosse um sorriso..."

* O que é que as pessoas pensam de ti? Transparente ~ "Minha mão é transparente..."

* Como descreves o teu último relacionamento? nem que quisesse, não posso responder...

* Descreve o estado actual da tua relação: nem que quissesse, também não posso responder...

* Onde querias estar agora? Montras ~ "Só o teu amor é tão real..."

* O que pensas a respeito do amor? Rosa Branca ~ "Se de rosas gostas tanto porque não
gostas de mim?..."

* Como é a tua vida? As Guitarras ~ "Vem sonhar que ao som das guitarras esquecem-se as guerras, vai-se a dor..."

* O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Desejos Vãos ~ "Eu queria ser o Mar de altivo porte (...) Mas o Mar também chora de tristeza..."

* Escreve uma frase sábia: Há palavras que nos beijam ~ "Palavras que nos transportam aonde a noite é mais forte..."



4. Escolher quatro pessoas para responder ao desafio sem esquecer de os avisar.

* Txabes
* Kris
* Ritinha
* Mikas

Gosto...

Gosto de pensar. Gosto de sonhar.

Gosto de dormir e de estar acordada, bem acordada.

Gosto de imaginar. Gosto de planear.

Gosto de escrever. Gosto de comunicar e de conversar.

Gosto de estar com as pessoas de quem gosto.

Gosto de ter os meus amigos por perto.

Gosto de falar mesmo que seja pela net.

Gosto de sair, às vezes. Gosto de passear.

Gosto de sair à descoberta do caminho.

Gosto de sentir o ar puro a encher os pulmões.

Gosto de olhar para o horizonte. Gosto de ir ver o mar.

Gosto de caminhar na praia e sentir a areia por entre os dedos dos pés.

Gosto de tomar banho no mar e nadar.

Gosto de recordações. Gosto de guardar tudo. Gosto de relembrar.

Gosto de viver.

Gosto da vida académica. Gosto da praxe. Gosto de trajar.

Gosto dos meus afilhados e dos meus padrinhos.

Gosto do roxo de Farmácia.

Gosto da Queima. Gosto da PáraCeTáMol.

Gosto de Serenatas.

Gosto do Grupo de Fados. Gosto do "Menino d'Oiro".

Gosto das Sirigaitas. Gosto do Baby e das actuações.

Gosto dos festivais e das idas para longe.

Gosto de cantar. Gosto de música.

Gosto de dançar.

Gosto de rir. Gosto de sorrisos.

Gosto de bebés.

Gosto de mimos. Gosto de abraços.

Gosto de estar à vontade e de não ter vergonha.

Gosto de meter conversa. Gosto de conhecer pessoas.

Gosto de falar outras línguas.

Gosto de ciências. Gosto de química.

Gosto de trabalhar no laboratório.

Gosto de trabalhar.

Gosto de não saber estar quieta.

Gosto de estar em todas. Gosto de me sentir útil.

Gosto de ser parte das coisas. Gosto de ser responsável.

Gosto da AEFFUP. Gosto de compromissos.

Gosto de ser escuteira. Gosto de Cristo.

Gosto de (boas) surpresas.

Gosto de jantares. Gosto das A.M.I.G.A.S.

Gosto do café à hora de almoço, entre amigos.

Gosto de gargalhadas genuínas.

Gosto de relaxar. Gosto de não ter nada para fazer.

Gosto de jogar voleibol e futebol.

Gosto de ver jogos de futebol e basquetebol.

Gosto de viver tudo ao máximo.

Gosto de ler.

Gosto de ver fotografias. Gosto de fotografar.

Gosto de Aveiro. Gosto da Ria.

Gosto do Porto. Gosto dos jardins do Palácio.

Gosto de andar a pé. Gosto de sair em família.

Gosto de andar de carro. Gosto de conduzir.

Gosto de viajar. Gosto de voltar a casa.

Gosto de ser eu própria.

Sons.

"Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Convocando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincavam e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa"

["Era um redondo vocábulo", Zeca Afonso na voz de Cristina Branco]

Porque não me sai da cabeça... *

Coisas boas.

Já não me acontecia há bastante tempo. Talvez seja por ter que fazer, talvez seja por ter tanto a cruzar-me o pensamento, agora que as actividades da AE e os Congressos me deram uma folga.

Hoje apeteceu-me actualizar o blog. De verdade, de coração, apeteceu-me.

No fundo, acho que me apeteceu conversar. Por isso, aqui estou. Para vos falar de coisas que têm acontecido...


Por alguma razão que não compreendo muito bem, talvez porque prefiro, como hoje se dizia na Eucaristia, olhar o mundo pela positiva, hoje apetece-me falar da série de coisas boas que me têm acontecido.

Já vos falei de como foi bom sentir a chegada dos novos caloiros da FFUP, de como foi bom ver as caritas deles de esperança (porque não acho que o medo seja o que mais transparece) naquele primeiro dia. No entanto, hoje apetece-me contar que à medida que os dias foram passando, fui conhecendo melhor aqueles pequenitos que voltaram a encher a FFUP de energia e vida e puseram os nossos dia-a-dias a girar, de novo, em volta de quem está de chegada. Percebi que são miúdos com muita energia, muita força, muita garra, muita vontade de crescer e de aprender. Têm as suas virtudes e defeitos, como todos nós, mas são, na sua maioria, muito bons corações, cheios de vida. Do meio desses todos, tenho, porque tenho, que destacar cinco que me são muito especiais. Comigo, com a Carla e com a Sandra, formam uma família muito pintarola, a família dos meus afilhados.

Dizem que os padrinhos são os "pais substitutos" e eu até acho que concordo. Gosto de sentir que eles me procuram, que confiam em mim e que esperam a minha ajuda nos aspectos mais diversos da sua caminhada. Tenho muito orgulho neles e apenas espero que transformem em grandes pessoas, grandes praxistas e grandes farmacêuticos, sentindo sempre que eu continuo a merecer (assim espero...) a honra que me deram de me escolherem... Porque a verdade é que não há quem bote mais pinta que os meus afilhados, a Bentuínha, o Xixas, a Antena, a Enciclopédia-Musical e a Zyrtec (=P)... Ninguém! =)


Apetece-me ainda dizer que nesta semana louca de Congressos, me apercebi de muita coisa que a forma como vivo a minha vida me tem proporcionado de bom e que esta maneira alucinante de correr para tudo, de estar em todas e de não ter tempo suficiente para nada me permite, quando tenho tempo para alguma coisa, fazer parte de algumas coisas fenomenais. Um grande Congresso Científico da AEFFUP, com uma participação muito constante, uma maioria de pessoas interessadas, um grande apoio das Professoras da Comissão Científica e do Prof. Leuschner e, no final, uma fantástica sensação de missão cumprida, de meta atingida e de objectivos alcançados. Logo depois, um pequeno papel num grande Congresso, o 1º Encontro Nacional de Química Terapêutica, onde através de uma lente de uma câmara fui estando perto de tanta coisa fenomenal que se faz por esse país fora (e mesmo na Europa) nesta área que tanto me interessa e fascina.


Pelo meio aconteceu um Siriphonias, o sétimo, uma vez mais cheio de alegria, boa disposição e presenças muito especiais no meio da plateia, os sempre fiéis pai, mãe e mana e a surpresa da Dina, com aquele abraço tão doce, de sempre. Mais uma actuação bonita e eu sempre a sentir-me óptima, feliz e realizada junto daquele meu "baby" de quatro cordas e dois metros de altura... E, no final, quando já quase nada restava, aquele abraço apertado da Júlia, perto do coração, onde tudo o que se sente é maior do que o que se diz, mas o que importa é que eu sei e ela sabe. Perfeito.


Houve outras coisas que poderia falar, guardo o resto para outro dia... Até porque já é tarde, amanhã o dia é de trabalho e tenho que ir dormir. Ainda assim, não termino sem dizer que é viver assim, a mil à hora, com tempo para tudo e sem tempo para nada, que me faz feliz e é esta certeza que me faz, a cada dia, continuar sabendo que não sei viver de outra forma.

Nostalgia...

Ontem foi dia de cinema em família, fomos ver o "Mamma Mia" (que recomendo!) e os papás a reviver um pouco a sua "idade de ouro" das discotecas ao som de "Dancing Queen" ou a própria "Mamma Mia"... =)


Nem de propósito, ontem foi o dia dos anos 90 no programa da RTP1 "A minha geração" e percebi que os anos 90 foram realmente "a minha geração", com todas aquelas músicas e peripécias que aconteceram nessa década... Ontem também, recebi um e-mail que dizia o seguinte:


«Se cresceste nos anos 90...

- Ainda te lembras de quando valia a pena acordar cedo para ver desenhos animados;
- Sabes de cor a música de pelo menos 4 canções da Disney;
- Fazias aquelas coisinhas de papel para ver com quem é que te ias casar e os 'quantos queres?';
- Cantavas as musicas das Spice Girls, mas não sabias bem o que é que estavas a dizer;
- Sabias que a Power Ranger cor de rosa e o verde ainda iam acabar juntos;
- Não perdias um episódio do Dragon Ball;
- Tiveste, pelo menos, um Tamagotchi;
- Sabias as músicas dos Onda Choc de cor 'ele é o reiii, eiii, eiii'
- Ainda és do tempo em que a Anabela cantava 'quando cai a noite na cidadeee'...
- Brincavas aos Polly Poquet!
- Ainda te lembras da coreografia da Macarena;
- Gritavas 'Olhós namorados, primos e casados!';
- Choraste quando o Mufasa morreu e, se for preciso, voltas a chorar se voltares a ver o filme outra vez;
- Tururururu Inspector Gadget Tururututu!
- Ainda te lembras de ver a tua mãe ou a tua avó a chorar a ver o 'Ponto de encontro'
- 500 escudos dava para tanta coisa!
- 'Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, dragões!'
- Todas as tuas decisões importantes eram feitas com um 'pim-pu-ne-ta'
- 'Velho' queria dizer qualquer pessoa acima dos 17 anos;
- Conheciass pelo menos uma pessoa que tinha daqueles ténis com luzinhas!
- Quando ias ao cabeleireiro, a tua mão dizia-te que ficavas linda de 'poupa';
- Querias sempre um Push-pop e a tua mãe nunca te queria dar porque ficavas todo a colar!!!
- Levaste pelo menos um sermão por teres colado o teu 'pega-monstros' ao tecto da cozinha;
- Trocavas tazzos e matutolas;
- Vias o Zig-Zag, e o Buereré.
- Vias o Riscos, no canal 2, e sentias-te muito mais crescida.
- Achavas piada ao 'quarto-escuro';
- Respondias aos insultos com 'quem diz é quem é!!'
- Lembras-te de ver os Simpsons e de não perceberes porque é que, sendo desenhos animados, não tinham graça nenhuma;
- Viste o Rei Leão, e os 101 dálmatas.
- Já te apercebeste que já não és uma criança, e que sabe bem recordar os momentos que já passaram...»

A este texto, acrescentaria, pelo menos (inspirada pelo programa da RTP) o ponto "- Foste pelo menos a uma vigília pela Paz em Timor, com artefactos alusivos ao tema (como bandas para o braço) e vestiste-te de branco no dia do cordão humano em Lisboa..."


E, foi aí que percebi... O tempo passa. Demasiado depressa.

Ases.

Ás de Ouros ~ "Eu sei" - Sara Tavares




«Porque Mafalda era muito tu, Tiago era muito eu, esta é muito nós... Porque "Não há outro que conhece tudo o que acontece em mim"...» (D.S.)

~

Ás de Copas ~ "Beautiful Mind", de Ron Howard, com Russell Crowe e Jennifer Connely

«Porque o título diz tudo... Uma mente brilhante.» (A.P.)

~

Ás de Espadas ~ Itália

«Porque em Itália, para onde quer que olhemos, há arte.» (S.F.)


~

«Noutras paragens, noutras rotas, outras pessoas esperam os vossos serviços, outros precisam de entrar e viajar um pouco no vosso conforto. Esta viagem que é a vida, é isso mesmo: entram uns e saem outros, mas todos deixam a sua marca.»

Obrigada. Por serem cartas tão importantes com que jogo o meu dia-a-dia. Gosto-vos!

O Primeiro Dia.

Não podia deixar de registar aqui o dia de hoje.

Propositadamente, pus a tocar no portátil "Verdes Anos", do eterno Paredes. Ele que sempre me inspira para falar de Praxe...


Começou hoje. Hoje chegaram, fresquinhas, à Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, as bestas de Farmácia 2007+1/2009. Foi com orgulho que as recebemos, que as acolhemos, que as praxámos. Começou hoje, já são os nossos caloiros e isso deixa-me inacreditavelmente feliz. É bom poder sentir que estamos a passar uma mensagem, uma tradição. É bom sentir que estamos a dar o nosso melhor para que este seja o melhor ano da vida deles. É bom sentir que um grupo de pessoas confia em nós para os orientar.

Sinto-me orgulhosa de ser quartanista de Farmácia, de usar o grelo na pasta, de traçar a capa e poder fazer parte de uma tradição de há tantos anos. Sinto-me orgulhosa de representar uma casa exemplar, onde a praxe é sempre e só o que nós queremos que ela seja. E eu quero que ela seja magnífica, para que os "meus" caloiros nunca esqueçam, como eu até hoje não esqueci, o seu primeiro ano de Faculdade. Sinto-me orgulhosa de poder dizer que, aqui, a Praxe não é o que as pessoas pensam, nem é o que as pessoas vêm nos meios de comunicação social. Sinto-me orgulhosa de praxar sem medo, porque sei que estou apenas a ensinar aos "meus" caloiros a melhor forma de "sobreviverem" nesta selva que é a vida universitária.

Bem-vindo sejas, ano lectivo. Bem-vinda sejas, Praxe. Bem-vindos sejam, caloiros!

Dvra Praxis Sed Praxis

Pharmaciae Facultis ad aeternum

I'm leaving...

"All my bags are packed, I'm ready to go..."

Bom, talvez não estejam totalmente prontas, ainda há souvenirs para aconchegar, a comida para a manhã passada em Veneza, os documentos, a máquina fotográfica, o computador, este em que escrevo, pela última vez, a partir de Ljubljana. Mas estou pronta para partir, sim.

Subitamente e mais depressa do que eu imaginaria, chegou o meu último dia em Ljubljana. Aprendi tanto, cresci tanto, reflecti tanto, tomei tantas decisões importantes que penso que as palavras não o possam traduzir. Foram cinco semanas muito intensas, um Verão praticamente inteiro, condensado neste tempo num país diferente e com tanto, tanto para dar. Senti muito mais falta do que é banal no meu dia-a-dia do que poderia à partida imaginar, mas recebi e ganhei muito mais do que alguma vez sonhei.

Vinha à procura de um lugar bonito, encontrei. Vinha à procura de pessoas novas, encontrei. Vinha à procura de uma nova experiência em termos de investigação, encontrei. Vinha à procura de conhecer mais um bocadinho do mundo e encontrei.

Daqui, levo a tranquilidade da cidade, a vista da Torre do Castelo, a beleza da Catedral e da Igreja Cor-de-Rosa, a paz de Bled, a simplicidade de Piran, os edifícios de Zagreb e a enormidade de Graz. Levo o sabor do bolo da Zvezda, do gelado da Cacao, dos cocktails do Pr'Skelet, dos cozinhados da Piu e da Kátia, das pizzas da Ljubljanski Dvor e da Foculus.

Sobretudo, levo as recordações das pessoas. Levo os olhos doces da Francisca, a alegria da Inês, a simpatia da Rita, o companheirismo do Gonçalo, o sorriso do Uros, a boa disposição da Zala, o olhar tímido da Dana, a energia da Claire, o à-vontade da Jelena, a companhia da Laura, a amizade de todos. Levo-os na esperança de os reencontrar, uns mais cedo do que outros, mas a todos, um dia, porque a vida dá demasiadas voltas para ser previsível.

Agora, estou de regresso. À casa, à família, às caras, vozes e gestos de todos os dias. Vou matar saudades e vou ter saudades, daqui. Vou recuperar todas as forças do universo para o ano que está quase a começar... e cheio de desafios, uma vez mais. Porque de que vale ficar parado?

Hoje, em particular, não podia deixar passar isto...

Parabéns pais! 23 anos a trabalhar, a lutar para construir a família que somos. Amo-vos e admiro-vos! [*]

Perto do final...

Parece impossível, mas sim, já só cá estou por mais uma semana. O tempo voa quando menos queremos que ele passe e, ainda assim, tem sido um tempo muito muito bom.

Agora sim, tenho a certeza, volto uma pessoa diferente. No dia 3 de Setembro dir-vos-ei em quê, quando regressar ao "meu canto" e me aperceber do que mudou. Tenho saudades de tudo mas ando também já a tentar absorver todos os pedacinhos desta semana que me resta em Ljubljana, para que de nada me possa arrepender quando regressar.

Hoje termina também a semana maravilhosa em que tive comigo duas pessoas tão importantes e que tornaram estas "férias" ainda mais inesquecíveis! Calcorreámos as ruas de Zagreb, Graz e (claro!) Ljubljana e ainda tivemos tempo para ir até Bled, gozar o descanso e a tranquilidade que aquele pequeno pedacinho de paraíso nos traz. Foram uns dias incansáveis, sempre a correr, sempre a tentar que o tempo desse para tudo e acho que conseguimos passar uma óptima semana... A vocês, obrigada! Por tudo, sobretudo por estarem comigo...

Sexta-feira será o meu último dia de trabalho, sábado e domingo para ver tudo o que me escapou nestas cinco semanas em Ljubljana e segunda-feira para fazer malas e as compras de última hora... Vou ter saudades... Vai ficar marcado. Para sempre.

Visitas!!! AMIGAS!!! =D

Olá maltinha!

Hoje foi um grande dia aqui em Ljubljana! Chegaram as minhas amigas Kátia e Joana! =D Yupiiiiiiiiiiii! =D O tempo voou e de repente já começou esta semana louca em que nos vamos fartar de passear e de curtir estes países aqui à volta!!! =D

Sempre a abrir, amanhã há Zagreb (Croácia), domingo há Graz (Áustria) e segunda provavelmente voltarei com elas a Bled para lhes mostrar o paraíso que é aquele lago fantástico! Enfim, vai ser mais uma semana a voar e espero aproveitar tudinho e tirar muitas muitas fotos para vos mostrar naquele site que já está a funcionar (http://instantes.myphotoalbum.com/) e que é muito fácil de ver tudo e até podem deixar comentários se quiserem!

Aqui fica uma das primeiras fotos das 3 em Ljubljana!

Paragem.

Inacreditavelmente, cumprem-se já hoje duas semanas desde que saí de Aveiro às 3h30 da manhã para partir para esta verdadeira aventura que é fazer SEP. Cinco semanas num país diferente, com pessoas diferentes, novas, uma língua diferente, estranha... De semelhante, só a moeda para usar, o ar para respirar e os pés para calcorrear todas as ruas e ruinhas que constroem esta cidade de Ljubljana.

Tenho descoberto muitas coisas, aprendido imenso e crescido (mesmo) muito. É uma experiência que acho que estava traçada no meu caminho, tinha que passar por aqui para aprender tudo o que tenho aprendido. Muito mais do que conhecimento de escola, de faculdade, de livros, aqui aprendo com a escola do desenrascanço, da autonomia e até (porque não?) do afastamento.

Acima de tudo, aprendo o valor que algumas coisas têm para mim e o valor que outras não deveriam ter... Faz-me falta o familiar da minha casa, do meu quarto, dos meus espaços. Faz-me falta o cheiro do mar e a cor do céu quando o sol se esconde ao fim do dia, atrás das ondas. Faz-me falta o relaxamento de não ter horário para acordar nem para adormecer. Faz-me falta o mimo da família, a comidinha da avó e da mãe. Fazem-me falta os sorrisos dos rostos de todos os dias e os abraços dos Amigos de sempre.

Mas aqui... Aqui tenho o brilho do sol nas fachadas das casas brancas, impecáveis. Tenho a privacidade do meu quarto, do meu verdadeiro abrigo, numa residência meio estranha mas que é, por estas cinco semanas, a minha casa. Tenho o acordar cedíssimo porque o sol se entranha pelo quarto e me obriga a abrir os olhos, mas o adormecer não tão cedo como isso porque se está tão bem na rua ou porque me apetece ficar mais um bocadinho a conversar com alguém. Tenho a rotina do trabalho que é sempre novo e surpreendente. Tenho a confiança de alguém que só há duas semanas me conheceu mas já me põe nas mãos partes importantes do seu trabalho de meses. Tenho os sorrisos e as conversas em português e em inglês, as palhaçadas em qualquer língua e tudo o resto que é expresso na linguagem universal que é a do que nos vai na alma. Tenho as pessoas, dezenas e dezenas, nas ruas, nas esplanadas, por todo o lado, onde quer que vá. E tenho, sempre, o sentimento de que é uma experiência que vai, de alguma forma, mudar a minha vida. Em maior ou menor escala, de uma maneira ou de outra, vou ser diferente quando no dia 2 de Setembro chegar a casa. E, pelo que me parece, vou ser melhor.

A vocês que me lêem, quero apenas que saibam que estou bem. Que me estou a divertir, a conhecer pessoas, lugares, momentos. Que estou a aproveitar o melhor que posso e a fazer o meu melhor para que nada me escape por entre os dedos. Porque eu sei que as oportunidades são do tipo de coisas que não passam muitas vezes por nós, e há que as agarrar com as duas mãos e não as deixar fugir.

Gosto... de todos. [*]

[Vou criar um espaço para pôr fotos, para ser mais fácil. Quando estiver pronto (espero que seja amanhã...) ponho aqui o link, na coluna da direita, n' "Os meus cantos!". Passem por lá para me espreitar! =) ]

As fotos!

Finalmente já tenho net na residência e por isso, aqui ficam as prometidas fotos:

A ponte Rialto.

A Praça de San Marco.

A turista junto à Torre da Praça San Marco.

Ljubljana em miniatura.

O rio Ljubljanica.

As sardinhas Ramirez à venda no Mercator!

As portuguesas no quarto da Piu!

Os primeiros SEP's de Agosto (Anna, eu, Piu e Manel) - geladinho!!! =D

Depois ponho mais coisas, agora já é hora de ir dormir, aqui... Amanhã há trabalhinho às 9h! =) *

Notícias... porque Ljubljana nao me comeu!

Olá malta!

Como está tudo no nosso país a beira-mar plantado? Aqui, em tao poucos dias, já tivemos calor abrasador, vento, chuva forte, trovoada... Só ainda nao fez mesmo foi frio... Felizmente!

Já estamos na residencia (que nao é grande coisa, mas enfim...) e já passeámos um bocado por Ljubljana, visitámos ontem o castelo e valeu muito a pena, porque o guia percebia mesmo muito daquilo e falava um óptimo ingles, pelo que percebemos todos os pormenores da História!

Ainda nao tenho internet na residencia (estou na biblioteca da Faculdade...) porque ainda nao está a funcionar, talvez ainda consiga resolver tudo esta semana e se for caso disso, voltarei aqui para vos mostrar algumas fotos de Veneza, Ljubljana e talvez até da residencia, para verem como estou... =)

Hoje foi o primeiro dia de trabalho... Nao tem rigorosamente nada a ver com o que eu pensava mas é igualmente interessante. Estou a trabalhar com uma aluna de Doutoramento da Faculdade de Farmácia, chama-se Nataša e é da Sérvia. O trabalho dela consiste em isolamento de compostos a partir de fontes vegetais e neste momentos estamos a testar vários métodos de extracçao e isolamento de um composto que tem sido testado para várias finalidades e que provém de um arbusto chamado Quassia amara. A grande vantagem do trabalho é manter-me realmente ocupada durante uma grande parte do dia porque ainda nao estou muito bem adaptada a esta realidade de estar um mes inteiro longe de Portugal e por isso custam-me os tempos mortos... Espero em pouco tempo arranjar melhores formas de os ocupar, seja com visitas a museus e outras coisas desse tipo, seja na net a matar saudades, caso a net da residencia venha a funcionar no meu portatil...

Enfim, tenho jogado muito computador, lido um pouco, ouvido música e também recomecei a escrever, como pretendia. Penso que aos poucos me habituarei a isto e, como disse a minha mae (sempre acertada!), quando me sentir adaptada já será tempo de regressar...

Um abraço apertadinho de saudades de tudo e de todos... [*]

sLOVEnia

Escrevo pela centésima vez neste Meu Abrigo e faço-o de um computador com um teclado estranho, de uma cidade diferente e de um país muito diferente. No entanto, começo a perceber porque é que aqui se usa o slogan "sLOVEnia"... Realmente, a avaliar por Ljubljana, a capital, parece impossível nao gostar disto aqui... =) A tranquilidade, o ar puro, o pouco trânsito, o rio, os espaços verdes... Tudo parece tao simples aqui. =)

Para quem nao sabe, estou em Ljubljana desde ontem até 2 de Setembro, a participar num programa de estágios da associaçao internacional de estudantes de Farmácia. Depois de uma viagem de aviao, um dia em Veneza (maravilhoso!) e uma viagem de comboio, cheguei finalmente ontem a Ljubljana, eram 1h51 da manha e tinha uma grande comitiva a esperar-me! =) Fiquei em casa de uma colega daqui (a Mojca - aprendam, le-se "Môitza") porque só temos direito a residencia a partir de Agosto, portanto a partir de amanha. Entretanto já tratei de um monte de burocracia e já fui a Faculdade de Farmácia e conheci o Professor que me vai orientar durante este mes de trabalho (nao muito árduo, espero!)... Muito porreiro, disse-me logo que só começo a trabalhar a serio na segunda-feira! =)

Agora andamos a tentar conhecer a cidade, muito bonita por sinal. Este fim-de-semana devemos ir visitar o Castelo e talvez o Zoo ou algo do género... Sempre em "slow motion" porque afinal de contas vamos ter um mes inteirinho para conhecer isto... =)

Pronto, eu vou dando notícias, amanha já hei-de ter residencia e por isso também já poderei escrever do meu portátil e nao deste meio estranho onde nao sei fazer o "til" nem consigo pôr acentos circunflexos nos "e". Mas pelo menos faz cedilhas!!! =) Quando puder ponho aqui umas fotos para verem as minhas aventuras a descobrir Veneza sozinha e a passear por Ljubljana com a Piu e o Manel! =P



Farewell, my friends. =D [*]

Festival Delta Tejo 2008

Olá meus queridos leitores d'O Abrigo!!! =P (sejam vocês quantos forem...)

Estou finalmente de férias, depois de mais um ano cheio de ocupações, preocupações mas também muitas boas recordações.

Escrevo aqui hoje sobretudo porque ontem tive a feliz oportunidade de participar numa noite de boa música em português, no Festival Delta Tejo 2008. Foi algo que decidi fazer já um pouco em cima da hora, e ainda bem que me decidi! Foi fantástico! Aconselho quem possa e se o cartaz nos próximos anos for interessante, a não ficar em casa!

O recinto é muito agradável, espaçoso, com várias coisas para fazer se não se quiser ver os concertos (até fazer um salto em queda livre praí de sei lá quantos metros... mas muitos!)... E os concertos... Bem, acho que não preciso de tecer comentários acerca do BRUTAL concerto de Mariza que continua a ter o dom de sempre me surpreender. Estava enérgica, emocionada, "possuída" e pôs a plateia aos seus pés. Adorei também Ana Carolina, que conhecia menos mas que me deixou interessada com os temas do seu novo álbum "Dois Quartos", cheios de mensagens "inconvenientes" para o mundo... =) E, claro, o momento que vos deixo, a "É isso aí", que me arrepiou...

Não vi muito dos outros concertos. Cheguei no final de Mart'nália, que puseram o pessoal a sambar com vontade e muita descontracção e também no final de Couple Coffee no palco alternativo, que quase não ouvi mas de quem ainda escutei uns sons de adaptação do nosso Zeca Afonso ao ritmo brasileiro... interessante! Rita Redshoes ficou provavelmente entre Ana Carolina e Mariza e não ouvi rigorosamente nada, lamentavelmente. Quando vinha a sair do concerto de Adriana Calcanhotto (que me decepcionou pela sua inexpressividade e pouquíssima interacção com o público), ainda ouvi uma ou duas músicas de Clã, que embora não sejam a minha banda portuguesa de eleição, conseguem sempre pôr o pessoal a cantar e a dançar e tinham uma plateia bastante repleta apesar da noite já ir relativamente longa e de estar a decorrer o concerto da Adriana em simultâneo.

Enfim, fiquem com os vídeos, com estes bons momentos não captados por mim mas por outros que anonimamente partilharam comigo esta noite quente de Verão em Lisboa...

"Levantas o teu corpo cansado, do chão,
Afastas esse peso que te esmaga o coração.
Abres uma janela e perguntas-te quem és,
Respiras mais fundo e enfrentas o mundo de pé..."




Quem dera. Um colo. Para adormecer e pensar que é só uma fase má, um dia mau. Para acreditar que não vai ser sempre assim, que eu não sou assim, que sou melhor.

Quem dera. Estar menos sozinha.

"Benefits of Failure", by J.K. Rowling

Em plena época de exames, de frente para o estudo de uma das cadeiras mais difíceis do curso, esta frase de uma grande senhora não podia cair melhor...


"It is impossible to live without failing at something, unless you live so cautiously that you might as well not have lived at all, in which case, you failed by default."

J.K. Rowling

[ obrigada Miguel por me mostrares este magnífico discurso! se tiverem 20 minutinhos, ouçam tudo! ]

Dias assim...

Em dias como o de hoje, fazes-me falta. Sim tu, o do "paradeiro desconhecido por tempo indeterminado". Porque em dias como este em que nada parece certo e o mundo é uma enorme anedota de mau gosto... faz-me falta a segurança de saber que num qualquer lugar bem definido ainda há uns braços abertos para me lembrar que há coisas boas... e que podemos sempre regressar a elas.

"É mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou..."

"Tão bom pudesse o tempo parar e encharcar-me de azul e de longe...

Acalmar a raiva aflita da vertigem, sentir o teu braço e poder ficar..."

[ desabafos de um dia demasiado longo. ]

Parabéns!

"E hoje vê, a estrada é feita pra seguir

E hoje sente, a vida é feita pra sentir

E hoje vira do avesso o mundo e vê melhor,

Deste lado é mais puro, é TEU, é tão MAIOR..."

Fico sem palavras, sem palavras para ti. Parabéns! Do teu lado é tudo tão maior, tão mais intenso, tão mais sentido, tão mais vivido. Obrigada por fazeres parte desta minha estrada, obrigada por teres voltado com tanta força, como se nunca tivesses estado longe. Obrigada por fazeres o longe tão perto, por seres uma grande grande amiga, um abrigo para os dias menos bons e um abraço para qualquer momento.

Gosto muito, muito de ti. E, para ti, fica o abraço, aquele abraço de sempre... Obrigada! [*]

Obrigada!

A todos os que, de alguma maneira, contribuem para que estes 21 anos sejam recheados de boas recordações e a todos esses (os mesmos) que tenho a certeza que continuarão a estar ao meu lado em todas as circunstâncias!


Obrigada por terem ajudado a fazer de um dia atarefado um dia especial! Obrigada amigos!


E Obrigada Mãe pela tulipa mais bonita do Mundo... e eterna! =D [*]

9 dias, 8 noites.

Acabou. A Queima terminou hoje, talvez não da melhor maneira, mas acabou. Teve de tudo, como sempre. Teve as noitadas, os jantares entre amigos, AE's e Sirigaitas, com muitas gargalhadas e a certeza que há pessoas realmente especiais que nos fazem sentir sempre bem onde quer que estejamos.

Mas este ano a Queima foi muito mais que isso...

Foi uma Monumental Serenata muito, muito especial, uma pergunta surpreendente, uma afilhada liiiinda! Uma Serenata de despedida, sem lágrimas mas cheia de sentimentos, amizades, saudades.

Foi uma Missa de Benção das Pastas debaixo de uma chuva miudinha, irritante, mas que não me impediu de estar presente e Lhe pedir que olhasse por aqueles amigos que orgulhosamente agitavam as suas fitas em direcção ao Céu da Avenida dos Aliados.

Foi uma Imposição de Insígnias comovente, com muitos amigos a quem estender a capa e o meu bonito grelo roxo a entrar na pasta pela mão da madrinha. E, como sempre, uma despedida às Sirigaitas do coração... "Aaahhh... A saudade que nos deixam..."

Foi um Cortejo diferente, com os amigos, muito sol e muito roxo a invadir o Porto que amamos. O orgulho de ser Farmácia, sempre. "Pharmaciae Facultis ad aeternum"...

Foi um Baile de Gala divertido, com "mitras" e uma AE em peso, bonita, simpática. Uma noite de príncipes e princesas e muitas fotografias malucas, para nunca esquecer que partilhámos aqueles momentos.

E, por fim, foi o ano da Barraquinha. Foram 4 noites a lidar com muitos copos, muitas garrafas, muitos líquidos. 4 noites a fazer pretensos "amigos", daqueles que nos gastam o nome mesmo que nos estejam a ver pela primeira vez. 4 noites a esticar a corda, a contribuir para que todos vivessem uma grande Queima das Fitas. Nem sempre compensou, mas continuo a achar que foi uma óptima Queima...

... e sim, queimou-me e muito.

Até pró ano, Queima das Fitas do Porto!

Maravilhas!

«No meu mundo, todos os livros estariam repletos de desenhos e todas as coisas que são, não seriam; e as que não são, seriam.»

Este fim-de-semana, no Campo Escola da Palhaça, fomos todos "Alicinhas", como o Doc nos chamou. Vivemos a história de Alice, à deriva no País das Maravilhas, e fizemos realmente maravilhas. Tanta coisa se disse naquela "sala de plenário/dormir/Eucaristia", tanta coisa se discutiu, se falou e se ouviu, fez-se realmente Cenáculo, naquela pequena sala, com aquelas quase 40 pessoas.

É bom sentir que valeu a pena escolher participar no Cenáculo. É bom sentir que não foi em vão a escolha de "gastar" este tempo no Cenáculo. É bom sentir que cada um de nós é importante e que pode fazer maravilhas com coisas tão pequenas. Mas, sobretudo, é bom que nos lembrem que "ser escuteiro exige muito de mim!" e que, por isso, torna o lenço que trago ao pescoço muito, mas muito mais valioso.

"Não percas tempo,

que o tempo corre

e só quando dói, é devagar...

E dá-te ao vento como um veleiro,

solto no mais alto mar..."

Obrigada Anita, Diana, Daniela, Chocolate, obrigada EP 6ºCiclo!

Força Daniel, Inês, Su e Miguel! Força EP 7ºCiclo!

...

"Don't you know that I'll be around to guide you
Through your weakest moments to leave them behind you
Returning nightmares only shadows
We'll cast some light and you'll be alright
We'll cast some light and you'll be alright for now"



Inacreditável. E assustador. A forma como a vida das pessoas pode mudar tanto em tão pouco tempo. E a imensa sensação de não poder dar mais do que o abraço apertado, o carinho que tenta confortar e a certeza, essa sim, que não importa quanto seja o "sempre", estarei sempre perto.



[desculpem lá isto... mas ontem o dia foi demasiado longo. e ninguém merece.]

Momentos.

Às vezes temos daqueles momentos em que sentimos que aqueles instantes já fizeram a nossa vida valer a pena. Este fim-de-semana, tive dois...

Nada há como a sensação de missão cumprida e nada me realiza mais do que sentir que transmiti uma mensagem... No sábado, naquela salinha onde quase não nos conseguíamos sentar no chão, com aquela cruz desenhada na cartolina e a vela acesa ao centro, alguém disse "Não sinto Deus nas vitórias ou nas derrotas, mas no caminho entre ambas" e eu limitei-me a sorrir... Hoje penso que, de facto, "ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar" e eu tenho aprendido tanto, tanto com vocês...

Já hoje (domingo), regressei a uma "casa" da qual tenho muitas saudades. Fui "fazer mesa" no jogo comemorativo do título regional das meninas do CVA e foi mesmo como um regresso a casa. Ao "meu clube", ao "meu treinador", àquele pavilhão. Mas algo estava radicalmente diferente... Aquela já não era a equipa mais-ou-menos-mas-cheia-de-vontade de quando eu lá andava... Não, agora as juvenis do CVA são uma grande-equipa-ainda-cheia-de-vontade, que se bateu de igual para igual com um clube tão grande como é o Boavista. Além de tudo o resto, foi com o maior orgulho que eu, ex-atleta e ex-capitã daquela equipa, saí da minha cadeirinha para pôr ao pescoço daquelas 13 meninas a medalha que tão merecidamente conquistaram. E, no final, foi com um sorriso nos lábios que as vi gritar aquele "dá-me um C (...) um V (...) um A (...)" que começou quando eu ainda gritava até me sair do peito toda a adrenalina de estar em campo. Senti saudades, orgulho e alegria. Obrigada, meninas. =')

Campeãs! =)

Finalmente e já com 3 dias de atraso, venho dar a quem ainda possa não saber uma feliz notícia (pelo menos para quem estima o voleibol e o CVA):

"Finalmente o CVA conquistou o seu primeiro título regional significativo e logo no escalão mais competitivo da Associação de Voleibol de Coimbra (...). Espectacular campanha destas 13 jovens, não tendo sido apontadas como favoritas acabaram por nunca sair do 1º lugar, perdendo apenas 2 vezes em 14 jogos. Avança agora para a 2ª fase nacional, indo enfrentar alguns dos colossos da formação no nosso país, prevê-se que grandes jogos sejam disputados em Aveiro nos próximos 2 meses." (da Direcção CVA)

(é a Mara em grande estilo! =D)

PARABÉNS MENINAS! Foi com muito agrado que vos vi vencer este campeonato e construir uma equipa estável... Lembrem-se que conquistaram algo muito ambicionado por todos os que passam pelo desporto e nomeadamente pelo CVA (eu própria incluída!)... Somos "pequeninos" mas podemos mostrar a toda a gente que conseguimos criar uma estabilidade invejada por muitas equipas por aí fora!

Continuem assim, fortes e unidas! Lá estarei no jogo comemorativo! Já agora...

JOGO COMEMORATIVO DO TÍTULO REGIONAL DE JUVENIS FEMININOS
DIA 24 DE FEVEREIRO - 16H - PAVILHÃO EB2,3 ARADAS

Vontade(s).

A vontade é total e definitivamente uma coisa lixada. Quantas coisas não deixámos já de fazer usando como justificação a sempr'eterna "falta de força de vontade"? A mim já me aconteceu muitas vezes, talvez até vezes demais.

Mudar é duro, difícil, complexo. Mudar exige de nós uma vontade que nem sempre conseguimos encontrar dentro de nós, exige uma capacidade de, mais do que reconhecer o que está mal, agir em conformidade com isso. E isso não é simples, pelo menos para mim não é. Às vezes penso que tenho todas as cartas na manga para fazer o melhor dos truques de magia e transformar tudo o que posso num quadro mais perfeitinho. No entanto, falta-me a vontade de sair do sítio, de fazer o que é preciso, de me sacrificar para que a perfeição do quadro fique um pouco mais próxima. Como é possível não nos conseguirmos motivar para algo que sabemos ser importante, essencial e inevitável? Sabemos o que fazer, quando o fazer, como o fazer. No entanto, não saímos do cantinho onde nos enfiámos, onde nos torturamos diariamente com a voz da consciência a chamar-nos à inevitabilidade de seguir em frente e a voz do medo, desse enorme medo de voltar a fracassar a pedir-nos que fiquemos, só mais um dia, e outro, e outro, sem sair do sítio.

Todos os dias esse medo de voltar a não conseguir nos corrói mais um bocadinho e é difícil chegar a um momento em que conseguimos dizer: "Vou voltar a tentar". Desistir torna-se subitamente o caminho melhor, por ser o mais evidente, mais claro e mais simples.

É então que, de repente, alguém nos mostra que não sair do sítio nos pode prejudicar ainda mais do que tentar de novo, mesmo que fracassemos. E percebemos que não há fuga. Há que voltar a tentar, outra e outra vez, ainda que não consigamos entender o que está mal, o que fizemos de errado, e voltemos a atribuir a culpa à falta de força de vontade.

Porque o querer, esse existe, a força é que falta. E ainda não consegui perceber porquê. Mas, uma vez mais, eu volto a tentar... ainda que com pouca certeza de conseguir, desta vez, para variar.





[às vezes dá-me para estes desabafos e acho que foi pra isto mesmo que criei este blog... não levem demasiado a sério, são apenas pensamentos que cruzam a minha mente naqueles dias em que uma qualquer realidade me apanha de surpresa.]

This is what friends are for...

Porque... nunca é demais agradecer os amigos que cruzam o nosso caminho.

[liguem a música, e divirtam-se a ver as razões pelas quais eu acho que os meus amigos existem...]

[e, claro, perdoem-me os que aqui não estão... porque as imagens às vezes não conseguem ser tão completas como o que nos vai na alma. *]

Casos da Vida

[a minha amiga Joana alertou-me para o facto d'O Abrigo ainda não ter nenhum post de 2008 e com toda a razão... cá estou de novo.]



Já aqui fiz um comentário, há quase dois anos atrás, sobre o episódio final de uma telenovela. No entanto, hoje venho falar-vos precisamente do oposto: o episódio inicial de uma telenovela!!!

Pois bem, eu que deveria estar a estudar a bela disciplina de Química Bioinorgânica, detive-me em frente à televisão a tentar perceber o início de mais uma telenovela com um argumento nada aquém do já habitual TVIesco (ler têvêiêsco =P). Pois bem, meus caros, para quem não acompanhou o estrear de mais um filme-de-vidas da TVI, cá vai o que eu entendi (já que nem sequer sei o nome do raio da novela...):
- a novela é sobre vidas de mulheres, ou pelo menos centra-se muito nelas;
- que eu reparasse, 3 mulheres em particular:
a) A pobre-que-vive-com-o-bronco (a Paula Neves numa versão jamais vista), fala à bronca, ele é completamente monstruoso, bate-lhe, (evidentemente!!!), fez-lhe uma bela marca com uma navalhita de nada a dizer "Tó" nas costas (que é d'homem, claro!) e ela, não tem mais nada, depois de 10 anos a aturá-lo, toma lá que já almoçaste, uma facada na barriga que foi morar logo prós anjinhos... e sem estrebuchar!
b) A jovem (Rita Pereira, papel de modelo, mas bem caracterizada quando adoece) que é amante do piloto de aviões, que deixa a mulher por causa dela mas depois vai embora porque ela descobre que tem cancro de mama (o único assunto realmente sério na novela, mas muito estupidamente tratado) e está a fazer quimioterapia e ele não tem tempo para ir com ela porque tem que ir buscar o Pedrinho ao karaté (claro, porque ele tinha que ter um filhinho do primeiro casamento...); ah! ele não chega a assinar os papéis do divórcio e acho que volta para a mulher (é só um palpite, não acabei de ver o episódio...)
c) Por fim, a triste da gaja-toda-boa (pelo menos é o que eles dizem... é a Maria João Bastos) que tem 30 anos mas vai casar com o médico de 60 porque ele está cheio de dinheiro... ups, porque gosta muito dele, claro! Entretanto o filho que tem praí a idade dela não gosta nada dela, mas afinal gosta tanto que começam a fazer o que não devem e depois já só falta uma semana para o casamento e "ai meu Deus, vamos fugir" mas não fogem nada e afinal ela está grávida mas o velho fez uma vasectomia, mas ela não sabe e não sabe quem é o pai da criança... mas o filho/enteado/amante sabe!



E pronto, quando eu achava que isto dava enredo para mais uns 100 episódios, no mínimo, desligo a TV antes do fim do episódio e venho escrever a minha crítica... Qual não é o meu espanto quando encontro na net a informação de que isto é apenas... uma série!!! Que desilusão... Pelos vistos chama-se "Casos da Vida" e conta tudo num episódio só... o de hoje chamava-se "As Noivas de Maio"...

E eu a achar que tinhamos novela até 2009... Enfim... Valeu pelo gozo de vir aqui partilhar isto convosco... Um dia vejo a repetição para saber como acabou... já que estava à espera que só acabasse daqui a muitos meses! =D