21 de março de 2017

Chuva de verão.

Vou de peito aberto,
entrego o meu coração.
Fecho os olhos,
abro os braços,
estendo a mão.

Vou às cegas
à procura do mundo,
dos outros,
de ti.

Não tenho medo do que é novo,
tenho medo do que é vazio.

Caminho sob a chuva,
deixo-me molhar.
Lavo a alma e os olhos,
deixo-me limpar.
E dentro de mim fica esse cheiro
a chuva de verão.

[2.7.16]