Voltei para contar muitas histórias. Demasiadas até para um só post. Mas vou tentar...
Foi difícil tomar a decisão de escrever de novo. Tanto para contar, tantos sentimentos, tantas "aventuras" e tão poucas palavras. Como uma vez disse a umas amigas, "as palavras são curtas quando se sente tanto"...
Voltei depois de um acampamento de Agrupamento, uma Promessa de Caminheira, um acampamento de Clã, uns dias em Miranda do Douro, outros em Tomar e alguns em casa, também. Voltei antes da partida para Santiago de Compostela porque acho que esse tema merece um post só para si. =)
Fui passear pelo Vale das Essências, primeiro, contar histórias e aprender valores, cantar e sorrir muito, crescer imenso. Fui "sentir palpitar o coração" de tantos sonhos tornados realidade, de ver nos lábios daquelas crianças (e outras já não tão crianças) algo que eu ajudei a construir, algo tão simples como meia-dúzia de versos que nos cansámos de tanto cantar!
"Procurei por toda a parte, um lugar para viver, conviver, sonhar, sorrir... Um lugar para ser feliz! Nesta aldeia sorridente, encontrei um sol brilhante que contigo quero partilhar... Vem sentir palpitar o coração, vem cá vem, vou pegar-te pela mão... Vem... Ao Vale das Essências! Vem sentir o mundo na tua mão..."
E eu senti.
Recebi o lenço vermelho e senti o seu peso, a responsabilidade de deixar de ser servida para passar a servir. O rumo do Homem Novo, a vontade de o trilhar, a vontade acima de tudo de ser Caminheira de pedra e cal neste Clã que me acolheu e me abriga.
Parti então para outra aventura, com esse mesmo Clã, essa minha segunda família. Vivemos momentos bons e maus, falámos e discutimos, rimos e chorámos, crescemos. Pelo menos, eu cresci. Aprendi a ser mais e melhor. Aprendi a ser pequenina e a, mesmo assim, brilhar. Aprendi que não é preciso querer ser grande para brilhar. Às vezes até atrapalha... E, com todas as dificuldades, vivi mais um dos acampamentos que não poderei esquecer, por muitas boas razões!
"Aqui estou eu, para Ti Deus, Tua voz ouvi a chamar... E eu irei, Deus, se guiares... Minhas mãos a Ti servirão!"
E depois foi regressar a casa, à família. Partir à descoberta de um passado distante, reencontrar amigos que não conheci, mas que fizeram parte da história da minha família. Passear, conhecer, fotografar, pensar e sorrir. Chegar mais alto e mais longe...
Por fim, e com alguns dias de praia pelo meio de todas estas actividades, um fim-de-semana entre amigos, num pequeno paraíso, com muito descanso e boas conversas... E um local magnífico, a recordar, o Castelo de Almourol. Lá a minha amiga Inês ensinou-me a caminhar sobre as águas... =)
(as fotos estavam lentas, hoje, e eu com pressa. mais tarde ponho-as aqui.)
Agora, preparo-me para mais um desafio. Uma ida a Santiago de Compostela com um espírito diferente, um espírito de peregrina. Vou ao encontro de Cristo, com pessoas que me são queridas, e espero o melhor desta nova "aventura"... Depois regresso para contar como foi! =)
28 de agosto de 2006
3 de julho de 2006
16 de junho de 2006
Vatzlav.
Já não ia ao teatro há... anos. Sim, há anos. Sei que é um vergonha mas é a mais pura das verdades.
No entanto hoje redimi-me. Compensei anos de ausência visitando o Estaleiro Teatral (surpreendente, por sinal) e assistindo a uma peça simplesmente M-A-G-N-Í-F-I-C-A.
Vatzlav é algo de único, especial e sobretudo, diferente. Uma analogia de vida brilhante, um texto fabuloso a que dão vida um corpo de intérpretes realmente bom. Acho que não poderia ter vindo de lá com a alma mais cheia de tanta coisa: a alegria de umas horas bem passadas, o orgulho nos amigos que pisaram o palco com garra e atitude, donos de si mesmos e dos seus papéis, a inspiração de um texto com uma "moral" fabulosa que a todos deveria fazer pensar sobre "Quem é Vatzlav?" e afinal, quem é cada um de nós nesta ridícula micro-sociedade em que vivemos.
"Vatzlav, pai da Esperança, que do outro lado da margem nos convida e aguarda na aventura do querer e desejar, sermos mais do que simples números em cadeia." Assim fala Jorge Fraga, criador desta magnífica obra de arte que todos deveríamos saber apreciar. Assim o percebi eu, simples espectadora, que vi em Vatzlav também um pouco de mim...
Vão ao Estaleiro, vejam "Vatzlav" e venham de lá tão ricos como eu vim. Mas não ricos como os poderosos Sr. e Sra. Morcego... mas ricos como Vatzlav, que só quer ser livre e feliz.
["Vatzlav", de Slawomir Mrozek, Estaleiro Teatral (Aveiro), terças a sábados até 8 de Julho, às 21h30. VALE MESMO A PENA. =)]
No entanto hoje redimi-me. Compensei anos de ausência visitando o Estaleiro Teatral (surpreendente, por sinal) e assistindo a uma peça simplesmente M-A-G-N-Í-F-I-C-A.
Vatzlav é algo de único, especial e sobretudo, diferente. Uma analogia de vida brilhante, um texto fabuloso a que dão vida um corpo de intérpretes realmente bom. Acho que não poderia ter vindo de lá com a alma mais cheia de tanta coisa: a alegria de umas horas bem passadas, o orgulho nos amigos que pisaram o palco com garra e atitude, donos de si mesmos e dos seus papéis, a inspiração de um texto com uma "moral" fabulosa que a todos deveria fazer pensar sobre "Quem é Vatzlav?" e afinal, quem é cada um de nós nesta ridícula micro-sociedade em que vivemos.
"Vatzlav, pai da Esperança, que do outro lado da margem nos convida e aguarda na aventura do querer e desejar, sermos mais do que simples números em cadeia." Assim fala Jorge Fraga, criador desta magnífica obra de arte que todos deveríamos saber apreciar. Assim o percebi eu, simples espectadora, que vi em Vatzlav também um pouco de mim...
Vão ao Estaleiro, vejam "Vatzlav" e venham de lá tão ricos como eu vim. Mas não ricos como os poderosos Sr. e Sra. Morcego... mas ricos como Vatzlav, que só quer ser livre e feliz.
["Vatzlav", de Slawomir Mrozek, Estaleiro Teatral (Aveiro), terças a sábados até 8 de Julho, às 21h30. VALE MESMO A PENA. =)]
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