Mesmo na escuridão da(s) noite(s).
4 de outubro de 2011
17 de setembro de 2011
17.09
Há um ano que estamos... sem ti? Não. Contigo mais longe. Ainda assim, o saber que nunca mais voltarás a estar perto torna as saudades um pouco... diferentes. Faz-me falta ver-te sentado no teu sofá, na tua cadeira da mesa, no café, na missa, na rua. Faz-me falta ouvir-te fazer aquelas perguntas todas, aqueles inquéritos que tentavas que fossem discretos mas nunca eram, da mesma forma que me faz falta reclamar contigo, dizer-te "Por amor de Deus!" e ver como às vezes amuavas comigo como uma criança pequena. Faz-me falta o orgulho imenso que tinhas (e tens) em mim, o babado que sempre foste em tudo o que me dizia respeito, a tua vontade de ajudar e estar presente mesmo quando pouco podias fazer fosse pelo que fosse.
Faz-me falta regressar a casa ao fim de algum tempo e ouvir-te dizer "tiveste saudades minhas?" Sim, avô, tenho muitas saudades tuas.
11 de setembro de 2011
Peregrina
Das mil e uma missas às quais poderia ter ido hoje aqui em Santiago, escolhi participar na Missa do Peregrino, na Catedral. Recordei, com um arrepio que me percorreu o corpo, que fez há poucos dias 5 anos que aqui cheguei pela primeira vez como peregrina. Recordei aquela sensação de realização pessoal, de felicidade, de missão cumprida, de agradecimento que nunca poderei esquecer. Recordei a segunda peregrinação, apenas há dois anos atrás, cheia das suas próprias particularidades, cheia de uma sensação ainda maior de ter ultrapassado os meus limites.
Arrepiei-me porque senti, inexplicavelmente, que serei peregrina muito mais vezes. Que farei outros caminhos, partirei de outros lugares, caminharei mais ou menos quilómetros, mas sempre, sempre, chegarei aqui com o mesmo coração preenchido. Porque também me sinto peregrina em Santiago, porque também sinto que não é por acaso que aqui estou, porque estou grata, hoje fui dizer obrigada à casa onde chegam, todos os dias, milhares de pessoas com um só objectivo: encontrar-Te. :')
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