13 de fevereiro de 2013

Don't dream it's over!

No arranque da Quaresma, ouço esta canção com outros ouvidos. E penso que, caramba, só Tu estás mesmo em todo o lado, só a Ti te podemos descobrir até na letra de uma canção pop dos anos 80, que já ouvimos milhares de vezes. Porque, agora que arranca a Quaresma, há uma batalha à nossa frente e, ainda que de muitas tenhamos saído derrotados, nunca veremos o final da estrada se caminhamos conTigo. Porque, ainda que os jornais nos contem sempre histórias de guerra e desperdício, não podemos pensar que tudo acabou quando o mundo nos invade e tenta construir um muro entre nós... Porque "eles" não vencerão. Porque, nestes 40 dias como em todos, Tu caminhas a um ritmo novo, a caminho dos nossos corações.

There is freedom within, there is freedom without
Try to catch the deluge in a paper cup
There's a battle ahead, many battles are lost
But you'll never see the end of the road
While you're traveling with me

Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win

Now I'm towing my car, there's a hole in the roof
My possessions are causing me suspicion but there's no proof
In the paper today, tales of war and of waste
But you turn right over to the TV page

Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win

Now I'm walking again to the beat of a drum
And I'm counting the steps to the door of your heart
Only shadows ahead, barely clearing the roof
Get to know the feeling of liberation and release

Hey now, hey now
Don't dream it's over
Hey now, hey now
When the world comes in
They come, they come
To build a wall between us
We know they won't win

Well, don't let them win
Hey now, hey now
Don't let them win
Don't let them win, yeah

12 de fevereiro de 2013

Escrever é como regressar a casa.

Duzentas. Duzentas vezes escrevi e partilhei algo no Abrigo que construí há mais de sete anos, neste meu refúgio de escrita e ligação com o mundo. Na altura, naquele dia 18 de Dezembro de 2005, O Meu Abrigo começava "porque, para mim, escrever é como regressar a casa".

Já escrevi neste abrigo de muitas casas, reais e metafóricas. Nestes sete anos, já vivi em 6 casas, em 5 cidades, em 4 países, durante períodos tão curtos como as 5 semanas em Ljubljana ou tão largos como os quase 20 anos que passaram desde que fomos viver para aquela que é, originalmente, "a minha casa". Esta expressão é, cada vez mais, complicada. Sinto-me cada vez mais na necessidade de esclarecer, "a minha casa de Aveiro", "a minha casa de Santiago" (às vezes até "a minha casa da praia", vejam só o luxo!)... E é, definitivamente, um luxo poder dizê-lo.

Mas as casas fazem-se. Principalmente das pessoas que nelas habitam, mas também das que ajudam a fazer de cada cidade, de cada país, de cada novo ambiente, uma nova "casa". Por isso, 200 posts, 6 casas, 5 cidades, 4 países depois, obrigada.

"The trouble it might drag you down,
If you get lost you can always be found...
Just know you're not alone,
Cause I'm gonna make this place your home..."

31 de janeiro de 2013

No te rindas...

«No te rindas, aún estas a tiempo
de alcanzar y comenzar de nuevo,
aceptar tus sombras, enterrar tus miedos,
liberar el lastre, retomar el vuelo.

No te rindas que la vida es eso,
continuar el viaje,
perseguir tus sueños,
destrabar el tiempo,
correr los escombros y destapar el cielo.

No te rindas, por favor no cedas,
aunque el frio queme,
aunque el miedo muerda,
aunque el sol se esconda y se calle el viento,
aun hay fuego en tu alma,
aun hay vida en tus sueños,
porque la vida es tuya y tuyo tambien el deseo,
porque lo has querido y porque te quiero.

Porque existe el vino y el amor, es cierto,
porque no hay heridas que no cure el tiempo,
abrir las puertas quitar los cerrojos,
abandonar las murallas que te protegieron.

Vivir la vida y aceptar el reto,
recuperar la risa, ensayar el canto,
bajar la guardia y extender las manos,
desplegar las alas e intentar de nuevo,
celebrar la vida y retomar los cielos,

No te rindas por favor no cedas,
aunque el frio queme,
aunque el miedo muerda,
aunque el sol se ponga y se calle el viento,
aun hay fuego en tu alma,
aun hay vida en tus sueños,
porque cada dia es un comienzo,
porque esta es la hora y el mejor momento,
porque no estas sola,
porque yo te quiero.»

Mario Benedetti