"A Mafalda Veiga tem este dom, de nos transportar ao infinito das nossas verdades, ao espelho das vontades mais secretas, ao grito mais guardado. E por isso, às vezes, às escondidas, ao medo. De não chegarmos lá, de não conseguirmos ter aquela força que por ali corre, aquela luz que guia o que nos canta. O Chão que agora ganhamos ajuda-nos a enfrentar o espelho. A acreditar que um dia a maturidade chega, que todos os dias podemos construir um caminho melhor. Uma estrada para ser feliz.
(...)
A Mafalda percorre uma Estrada a caminho desta luz forte que nos une nas canções, que nos lembra "o que é preciso é viver" ponto final. Com gosto. Com cuidado. A amar os outros profundamente, numa entrega cheia de vontade. E é isso que tentamos todos os dias nos quilómetros percorridos: que a entrega valha a pena, que nos lembremos de quem fica. Dos outros. Do que ainda pode vir a ser." Margarida Pinto Correia
À entrada para o Coliseu do Porto, repousavam numa mesa um monte de folhetos, com a Mafalda na capa e o texto de onde tirei estes excertos, da Margarida, no interior. Quando li o texto, já instalada no meu lugar (para mim é sempre um lugar privilegiado) e na companhia de família e amigos, senti que realmente a Margarida tinha dito o que eu poderia dizer, de forma sem dúvida mais bonita.
Não sei, nunca soube e creio que nunca saberei, explicar a quem não aprecia a música da Mafalda o que ela realmente significa para mim. O quão fundo ela me toca e o quão inquietante se consegue tornar. É de facto assustador quando ouvimos uma música e sentimos que nos estão a tirar as palavras da boca. Já me aconteceu, várias vezes, com músicas da Mafalda. No sábado, regressei ao Coliseu, que é uma sala de quem gosto imenso, para escutar com atenção o que a Mafalda me ia dizer. E, apesar dos milhares de vezes que já ouvi as suas músicas, apesar de ser o 4º concerto a que assisti, posso dizer que ela me conseguiu surpreender.
Foi um alinhamento fantástico, o último álbum praticamente completo (fiquei com pena pela "Pressinto", que não tocou e me diz tanto...) e muitas, muitas músicas das "antigas", das que deixaram um sorriso nos lábios de ver aquelas centenas de pessoas a entoar em coro. Podia aqui referir mil momentos que me tocaram, mas vou deixar-vos o vídeo daquele que, para mim, foi mais especial... Porque nunca sonhei voltar a ouvir "O Menino do Piano" ao vivo... (o som nem sempre é maravilhoso mas a minha máquina nem sempre é como eu gostaria...)
(...)
A Mafalda percorre uma Estrada a caminho desta luz forte que nos une nas canções, que nos lembra "o que é preciso é viver" ponto final. Com gosto. Com cuidado. A amar os outros profundamente, numa entrega cheia de vontade. E é isso que tentamos todos os dias nos quilómetros percorridos: que a entrega valha a pena, que nos lembremos de quem fica. Dos outros. Do que ainda pode vir a ser." Margarida Pinto Correia
À entrada para o Coliseu do Porto, repousavam numa mesa um monte de folhetos, com a Mafalda na capa e o texto de onde tirei estes excertos, da Margarida, no interior. Quando li o texto, já instalada no meu lugar (para mim é sempre um lugar privilegiado) e na companhia de família e amigos, senti que realmente a Margarida tinha dito o que eu poderia dizer, de forma sem dúvida mais bonita.
Não sei, nunca soube e creio que nunca saberei, explicar a quem não aprecia a música da Mafalda o que ela realmente significa para mim. O quão fundo ela me toca e o quão inquietante se consegue tornar. É de facto assustador quando ouvimos uma música e sentimos que nos estão a tirar as palavras da boca. Já me aconteceu, várias vezes, com músicas da Mafalda. No sábado, regressei ao Coliseu, que é uma sala de quem gosto imenso, para escutar com atenção o que a Mafalda me ia dizer. E, apesar dos milhares de vezes que já ouvi as suas músicas, apesar de ser o 4º concerto a que assisti, posso dizer que ela me conseguiu surpreender.
Foi um alinhamento fantástico, o último álbum praticamente completo (fiquei com pena pela "Pressinto", que não tocou e me diz tanto...) e muitas, muitas músicas das "antigas", das que deixaram um sorriso nos lábios de ver aquelas centenas de pessoas a entoar em coro. Podia aqui referir mil momentos que me tocaram, mas vou deixar-vos o vídeo daquele que, para mim, foi mais especial... Porque nunca sonhei voltar a ouvir "O Menino do Piano" ao vivo... (o som nem sempre é maravilhoso mas a minha máquina nem sempre é como eu gostaria...)
4 comentários:
Mafalda Veiga, mas que grande dom que ela possui.
O texto da Margarida Pinto Correia diz tudo, tu também, e o vídeo... esse fala por si. Porque na realidade não há nada melhor que possamos fazer para falar ou tentar explicar o dom da Mafalda, que ouvir as suas músicas. Tão cheias de sentimentos, de verdades, de coisas complicadas de exprimir mas que a Mafalda torna tão simples.
Madrinha, sabes o quanto gosto da Mafalda, o quanto queria ter estado lá, e sabes o quanto gosto de ti, o quanto te tornaste importante para mim.
[Obrigada pela surpresa! És tão querida. =)
Muitos beijinhos, Madrinha.
{*}
Gostas tanto dela que me fazes gostar um bocadinho mais ainda, Maria Sara =)
Ela tem um dom, de facto.
Beijiiinho repenicado =D*
Arrepiei-me ao ler isto. É tão igual àquilo que também sinto de cada vez que ouço as músicas dela.
Foi a primeira vez que a vi ao vivo e significou mesmo muito. Foi perfeito ! :)
Há músicas que nos remexem de tal maneira a alma, que realmente, como disseste chegam a ser inquietantes. Mafalda Veiga acompanha-me há uns anos e é realmente incrível ouvir tanta coisa que nos vai estando espalhada na alma, sair de forma tão bonita numa canção cantada e tocada por outro alguém que não nós próprios... Parece que nos entram dentro da alma e nos roubam os anseios.
Tive pena de perder a visita dela ao Coliseu, vejo que valeu bastante! Espero por ela noutra paragem.
Beijo enorme e um xi ainda maior, minha sweety Sara!
[*]... Saudades!
Enviar um comentário