Hoje quis sentar-me e escrever, escrever sem parar e, contudo, sinto que são sempre as mesmas, as minhas palavras. Regresso no tempo para rever o que escrevi há um ano, há dois, há cinco, há dez. Repito-me infinitamente, cansativamente. Às vezes chego a perguntar-me o que faz com que alguém ainda me leia. Ou me ouça. Porque da minha boca, como da ponta dos meus dedos, saem sempre as mesmas palavras. Sempre o mesmo para ler nas entrelinhas, sempre os mesmos sentimentos, as mesmas dores que sem sucesso tento disfarçar, as mesmas alegrias que, essas sim, serão eternas.
Hoje quis escrever tudo o que trago dentro e percebi que não há nada novo. E fiquei em branco...
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