Um dia dás por ti a mostrar o teu país, a(s) tua(s) cidade(s) a alguém que nunca o viu, que em alguns casos nunca ouviu falar da sua existência, que mal o sabia colocar no mapa. Dás por ti a falar com paixão das praias, dos montes, do verde dos campos e do azul do imenso oceano onde o teu olhar, invariavelmente, se perde. Dás por ti a falar com entusiasmo do que conquistámos, por esse mundo fora, por sermos mais corajosos, mais aventureiros, quiçá mais inconscientes do que todos os outros. Dás por ti a falar, com um brilho nos olhos, das palavras que tantos escreveram na nossa língua, dos acordes que soaram, das vozes que levaram mais longe este nome com 870 anos de História. Dás por ti a falar, com amor, de Portugal.
É aí que te dás conta que um dia, esse amor há-de vencer as crises, os mercados, as bancas, os défices, as dívidas, as dificuldades. Que um dia esse amor há-de fazer nascer o sol que rasga qualquer escuridão, aquela que vive na alma de tantos, que como tu, nasceram dentro destas fronteiras. Que um dia esse amor há-de libertar a alma dos que sonham com um dia melhor. E que um dia, quando se ouvir esse cântico final, se cumprirá o amor a Portugal.
Esse amor que nos levará, cada dia, mais longe, enquanto nos traz de volta a casa, sempre. Porque sem esse amor que nos dá asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar... seria menos eu.
1 comentário:
Há-de sim! :)
Beijinho!
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